Domingo, 1 de Junho de 2008

Enfim os combustíveis

 

Mal seria se nada tivesse a dizer àcerca do preço dos combustíveis.
Pelo facto de existir uma real dependência desta matéria-prima tornando a procura pouco elástica, nomeadamente do lado do sector produtivo, abre-se a porta à especulação a nível internacional.
Quanto a isto pouco há a fazer, uma vez que não existe uma autoridade económica internacional que possa regulamentar esta situação. A própria CE tem pouca capacidade de travar esta tendência porque a sua produção é residual. Podemos apenas, a longo prazo, diminuir a dependência deste tipo de energia, passando a utilizar fontes alternativas.
Existe depois o problema que se sucede à subida do preço internacional do crude, que são as alcavalas que se lhe acrescem na refinação, distribuição, revenda e taxação.
Na refinação e distribuição, exista claramente posição dominante de uma empresa, a Petrogal em que convém não tocar, uma vez que é porto de abrigo para os energúmenos que nos desgovernam há 30 anos, durante o ciclo eleitoral em que não estão nos Ministérios ou Secretarias de Estado, em americano, “Jobs for the boys”.
Naturalmente que onerar com um imposto um bem que é hoje essencial, só passa pela cabeça destes chulos da nação (os tais que nos desgovernam há mais de 30 anos) e insistem em fazer do nosso país uma província do norte de África em vez de um país europeu, mas isso é um problema que vem de há muito, e agora é pior para alterar porque a descida do consumo reduz a chulice, se a reduzirem ainda, ficam sem receitas que estão orçamentadas.
Em resumo, o que há a fazer é algo que já devia ser feito e não nos isola das flutuações de preço internacionais, mas reduz o custo incorporado de uma das principais matérias-primas na produção do país.
Quanto às consequências de tão acentuada subida do preço, como a contracção da procura e subida de preço dos bens, fica para a próxima…

publicado por obturador às 15:46

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Terça-feira, 27 de Maio de 2008

O Homem do Leme

 

Tenho-me questionado, durante os percursos de 40 minutos que separam a minha casa do local de trabalho, quem é afinal o “Homem do Leme” desta república da bandalheira, que afasta do seu trajecto os factores chave de desenvolvimento e progresso como o  diabo afasta a Cruz, em prol de ganhos pontuais particulares de clubes de amigos e familiares.
Sinceramente fico dividido entre a classe política, os banqueiros e os gestores de activos.
Hoje existe um Sócrates como ontem houve um Salazar, personificando os interesses de meia dúzia (de parasitas) à custa do suor e lágrimas dos outros nove milhões… mas com uma agravante, noutros tempos (os de Salazar) só havia lugar para estes dois grupos, a meia dúzia e os outros, que trabalhavam vergados pela força. Hoje, a meia dúzia mantém-se, há os que trabalham na esperança de manterem alguma dignidade, e há também os parasitas sem eira nem beira (são em tudo semelhantes à meia dúzia mas cheiram mal e não aparecem em jornais e revistas), um grupo em expansão.
O colapso dar-se-à quando os únicos que trabalham já não o puderem fazer, porque os outros sugaram tudo, até o necessário para que fosse possível trabalhar.
A ver vamos quando é, mas sinto que não está longe.
Alguém me elucida àcerca do “Homem do Leme”? Políticos ou Banqueiros?
 
 
 
 
 
 
Será que é tudo a mesma gente?

publicado por obturador às 15:26

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É desta!

 

Ensaiei por diversas vezes a reactivação deste blogue, deixando em seguida cair a publicação regular do que mais me choca nesta república, por inércia ou simples desalento.
Desta é de vez! 
Ficarão aqui, nem que seja apenas para memória futura ou desabafo do desespero presente, os temas que mais me preocupam desta nossa actualidade, que nos afasta da aura do progresso e incremento da qualidade de vida e nos arrasta para a precariedade de condições de sobrevivência.

publicado por obturador às 15:24

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Terça-feira, 11 de Março de 2008

Há sempre uma forma de chular o povo

Aprendi na escola que a elevada taxa de inflacção era um imposto injusto, uma vez que a rápida depreciação da moeda fazia com que quem tinha dinheiro perdesse riquesa apenas por esse facto.

Agora, com taxas de inflação mais baixas, tal já não sucede, o que é supostamente bom.

 

Estranhe-se no entanto que surge uma nova injustiça financeira, que em vez de penalizar quem tem dinheiro, penaliza que não o tem, ou seja quem tem riqueza financeira negativa e por isso tem de pagar juros.

 

Passámos os últimos 20 anos a endividar as famílias, criámos a ilusão da propriedade de imóveis, hipotecando os próximos 30,40 ou 50 anos da vida indexados às XXribor e aos spreads.

 

Agora que estão todos endividados e sem hipótese de  fugir dos empréstimos, juros, e spreads, é só aumentar a taxa (de imposto), e se a coisa correr mal com alguns endividados que não consigam pagar, distribui-se o prejuízo pelos restantes que ainda deixam de comer para honrar compromissos.

 

Mesmo que a coisa não corra mal no lado dos endividados , se os fizermos asneira, como os negócios ruinosos da CGD no estrangeiro, a receita é a mesma, aumenta-se o spread e os filhos dos endividados que deixem de comer fruta ou carne, comam farinha e feijão.

 

Ainda por cima temos a lata de publicar os resultados do nosso saque descarado às bolsas dos que trabalham para nos entregar cada cêntimo que auferem, e vangloria-mo-nos de termos os melhores resultados de sempre, com menos trabalhadores.

 

Enquanto deixarmos que a amoralidade impere às nossas custas, vamos perdendo tudo, até ser tarde demais para reagir.

 

 


publicado por obturador às 23:43

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Quarta-feira, 13 de Fevereiro de 2008

Deve ser da Latitude....

Ele há com cada um... Este senhor J.Agualusa ganha a vida a escrever na língua de Camões, e ainda assim entende que isto das raízes da língua é uma questão de mercado...

Mas desde quando é que brasileiro é uma língua?

Ainda nos acusa de um "enraizado sentimento imperial"...só se fôr a perdoar dívidas!


publicado por obturador às 18:47

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Sacudindo a água do capote...

Face à evidente incapacidade para fazer face aos problemas estruturais da Administração Pública, que condenam este país à mediocridade e estatuto de "cauda da Europa", o nosso Governo, por nós eleito relembro, continua reiteradamente a "atirar" com os problemas para a esfera de responsabilidade alheia.

Começou pelos acidentes de viação. Depois da demagogia, vieram as fórmulas mágicas, e face aos maus resultados, inventa-se um organismo para levar com as culpas, de preferência privado. Formação, fiscalização pedagógica, melhoria das condições nos mais que identificados "pontos negros"...népias!

Agora chuta-se a  Educação para as Autarquias .

Como não se conseguem "gerir" os recursos que são a base do sistema educativo (logo da capacidade produtiva futura) do país, xuta com essa responsabilidade para as autarquias... se der barraca, eles que assumam.

Mais importante do que resolver, é encontrar o famoso "bode expiatório". Os nossos filhos continuarão com professores provisórios, em falta, etc. Quando é que acabamos com esta m... infeliz realidade?


publicado por obturador às 17:51

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Sexta-feira, 16 de Março de 2007

Ingenuidade dos cidadãos

" Ota: cidadãos que pediram referendo lamentam que nada tenha sido feito "

http://www.publico.clix.pt/shownews.asp?id=1288480&sid=&highlight=aeroporto da ota&web=VT

Estes cidadãos estão fora de contexto... Então o nosso Sr.José da mercearia ia pedir autorização para fazer a negociata da década? Porquê? Quem manda é ele...

A abordagem ao tema tem sido completamente ao lado do verdadeiro critério... as questões relevantes são: Quem é que ganha com a construção do Aeroporto? Quem é que ganha com a exploração de empreendimentos turísticos?

Ora, como é bem possível que não exista concenso entre o Sr. José da mercearia e os seus "opositores", estes já estão a pensar que desvio orçamental precisam para dar aos seus apoiantes. 

Só por causa deste assunto, até vem para aí um opositor retornado dos EUA com a especial missão de se opor...da última vez aliou-se em vez de se opor e a coisa não foi bem,  teve de (fug)ir para o estrangeiro... A ver se agora não tem de devolver o Jaguar...

Na verdade, nós ainda estamos a pagar o Alqueva, que em vez de regadio passará a lago turístico, que poderá enriquecer alguns investidores (que tém dinheiro para inverstir porque não pagaram o Alqueva). Vamos começar a pagar a OTA que permite receber os turistas para enriquecer os investidores no turismo da OTA e os construtores (sendo que nenhum deles paga a OTA, isso pagamos nós).

Não basta darem cabo do nosso nível de vida, fazem questão de garantir que o mesmo acontece aos nossos filhos...


publicado por obturador às 13:31

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Quarta-feira, 7 de Março de 2007

CSI

Afinal também vamos ter um CSI, em versão portuguesa.

Chamar-se-à CSI C, (Conselho Superior de Investigação Criminal) e estará na dependência do Exmo Sr. Primeiro Ministro.

Duas vantagens, a PIDE renascida passa a ter uma designação mais moderna "CSIC Lisboa", e não se aumenta a estrutura porque se reconverte um organismo excedentário que tantas dores de cabeça dava por investigar coisas da vida de gente importante.

Assim apenas sofrem os jornais, porque vão escassear as investigações mediáticas, de resto tudo melhor, menos investigação, menos mega-processos a perscrever.

 

Ou vamos para a rua tirar estes "ditadorezecos" do nosso governo e das nossas vidas, ou ficamos sem Saúde, Justiça, Educação.....e sem pão!


publicado por obturador às 17:41

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Surpresa ????

"Defesa de Valentim Loureiro "surpreendida" com decisão do Tribunal de Gondomar

O advogado de Valentim Loureiro no processo Apito Dourado, Amílcar Fernandes, manifestou-se hoje "surpreendido" com a decisão do juiz do Tribunal de Gondomar de validar as escutas telefónicas, mas frisou estar "confiante" para o julgamento."
in www.publico.pt
Este Sr. Dr. Fernandes diz-se decepcionado com a decisão, uma vez que "apostava" na sua não-validação...
Será que este Sr. Dr. sabe que nos Tribunais é suposto administrar-se a justiça, em vez de se "apostar"???         Apostar é no casino, não é?
Vai recorrer...porque não diz com que base? Será palpite de jogador ou  será (mais) uma manobra dilactória???
Quem não deve não teme...nem fica "surpreso"...

publicado por obturador às 14:59

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Quarta-feira, 21 de Fevereiro de 2007

Segurança no trabalho...e na Estrada!!!

 
Saindo de Ovar pela EN109, mesmo à chegada a Estarreja, pude encontrar, pelas 10:30 desta manhã, e bem no meio da via, sem qualquer tipo de pré-sinalização, esta  empreitada técnica:

Ora esta situação levanta algumas questões em caso de sinistro...
 
Hipótese A - Os que seguram a escada são atropelados por um condutor não consegue imobilizar a viatura em espaço útil. Resposta : O condutor que matou 2 vinha em excesso de velocidade, ficando o electrocutado (como a escada fugiu, teve de se agarrar aos fios) a cargo do seguro de acidentes de trabalho.
 
Hipótese B – A escada cai independetemente do intenso tráfego, danificando uma viatura e provocando lesões no trabalhador empoleirado. Resposta: O condutor é autoado por estacionamento indevido e não tem direito à reparação da viatura, tendo ainda sorte por não ter de pagar tratamentos ao trabalhador.
 
Hipótese C – As reparações passam a ser feitas de acordo com as normas de segurança, utilizando gruas sinalizadas para o efeito durante as horas de menor intensidade de tráfego. Resposta: Impossível, não queremos que os nossos trabalhadores a pretexto da segurança (sua e dos utentes da via) deixem de assumir as dificuldades da função com dedicação, coragem e alguma criatividade.
 
Assim, continuaremos a liderar as estatísticas europeias pelo pior, uma vez que estas situações são apmplamente divulgadas; com o conhecimento, concenso e talvez apoio dos nossos dirigentes, gestores, etc... Parece-me que face à Europa, o maior déficit de desenvolvimento não é o económico...é o desenvolimento mental....
 
Depois defendam-se das centenas qua anualmente vão a enterrar por acidentes de  viação dizendo que é exclusivamente da velocidade e do álcool, que o povo e as famílias dos que morrem acreditam....e continuam a votar em vossas excelências!!!

publicado por obturador às 14:56

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Terça-feira, 20 de Fevereiro de 2007

A Fome no Mundo...

A ONU resolveu fazer uma grande pesquisa mundial. A pergunta era: "Por favor, diga honestamente, qual a sua opinião sobre a escassez de alimentos no resto do mundo". O resultado foi desastroso. Foi um total fracasso.

  • Os europeus do norte não entenderam o que é "escassez".
  • Os africanos não sabiam o que era "alimentos".
  • Os espanhóis não sabiam o significado de "por favor".
  • Os norte-americanos perguntaram o significado de "o resto do mundo".
  • Os cubanos estranharam e pediram maiores explicações sobre "opinião".
  • E o parlamento português ainda está a debater o que significa "diga honestamente"    . . .   

publicado por obturador às 11:05

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Sexta-feira, 16 de Fevereiro de 2007

Pose de estadista portugês

Eurodeputado José Maia: Aqui temos um digno representante dos políticos deste sítio mal frequentado. Isto é sem dúvida, pose de estadista.


publicado por AC às 16:28

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Quinta-feira, 15 de Fevereiro de 2007

Diário da cozinha

Noticia o Correio da Manhã: O Governo promoveu a vice-presidente do conselho directivo do Instituto de Segurança Social (ISS), tutelado pelo ministro Vieira da Silva, a vogal Maria Luísa Guimarães Severiano Teixeira, casada com o ministro da Defesa. Segundo o despacho ontem publicado em Diário da República, esta nomeação política visa “colmatar” um lugar que estava ainda vago.


publicado por AC às 23:50

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Quarta-feira, 14 de Fevereiro de 2007

Ainda (ou Finalmente) Felgueiras

imagem gentilmente cedida

por http://imagensdokaos.wordpress.com/

Parece que é desta que Felgueiras (a Fátima) vai a julgamento. Começa, dizem, daqui a umas horas.

 
Depois da Fátima (a Felgueiras) se purificar nas excursões à terra de seu nome (Fátima), volta a Felgueiras (a terra) para ser reeleita e aclamada.
Pergunto eu, que Felgueiras deve ser julgada? A Fátima concerteza! E a outra? a Felgueiras que a elegeu? Será que não é também conivente com o saco azul?


Bem já termos a Fátima (a Felgueiras) sentada no banco dos réus, é qualquer coisa...


Vamos ver se a lei tem mais força do que as preçes da Fátima (a Felgueiras) em Fátima (a terra do Santuário), pois ao que parece até junto do clero a senhora reúne simpatias...


publicado por obturador às 00:55

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Novo autor

O Desgovernos passa, a partir de hoje, a contar com um novo autor, o obturador, que fará os retratos que marcam alguns aspectos deste desgovernado sítio.


publicado por AC às 00:34

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Terça-feira, 13 de Fevereiro de 2007

The Magic Round About

Marcos de 30 anos de poder autárquico. Materialização da estratégia do desenvolvimento nacional. Sem saída!

Sugere-se que a obra seja alcatifada. Beneficia-a e sempre são mais uns milhares.


publicado por AC às 20:16

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Terça-feira, 19 de Dezembro de 2006

Será?

O senhor alberto da Madeira, acusou o senhor Sócrates de “ser o anti-cristo”.

 

E a verdade é que o dito, ainda não o desmentiu!


publicado por AC às 09:43

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Segunda-feira, 18 de Dezembro de 2006

Tudo normal

O Grupo Espirito Santo é um dos maiores investidores privados na área da Saúde. A Dra Maria de Belém é Presidente da Comissão Parlamentar de Saúde e ... consultora do Grupo Espirito Santo.

Tudo isto se passa como se não existisse problema nenhum. E vendo bem, qual é o drama ? A lei nada diz e nada dizendo assume-se como normal e perfeitamente legitimo que a Presidente da Comissão Parlamentar de Saúde colabore com um dos maiores operadores privados de saúde que, no decorrer das suas operações, tem vários contratos com o sector público. Tudo normal.

Será que também há membros da comissão parlamentar de defesa que dão consultoria a empresas de armamento ? E membros da comissão da educação a colaborar com empresas do sector?

Caros concidadãos deputados, não hesitem, mandem os vossos curricula para empresas que vocês supervisionem ou com quem as vossas comissões tenham relações. Estou convencido que essas empresas saberiam remunerar generosamente a vossa colaboração. Não é ilegal e claro está, estamos todos seguros que em caso de conflito entre o Estado e a empresa que vos pagará, jamais vos passaria pela cabeça, pôr a empresa em frente do bem comum.


publicado por AC às 09:42

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Quarta-feira, 29 de Novembro de 2006

Passado, presente e futuro

Todos nós nascemos nus,

Do ventre de nossas mães,

Porém, depois de nascidos,

Já não somos iguais.

 

Uns com mimos são criados,

Outros com muita fartura,

Outros têm a desventura

De serem apostiçados.

 

Esta sorte já nos vem,

De nossos antepassados,

Uns nascem para ser felizes,

Outros para ser desgraçados.

 

Os pobres em pequeninos

Com os ricos estão brincando,

Às vezes vão apanhando

Dos ricos seus cachacinhos:

Chora o pobre sem carinhos,

Na sua tenra idade,

Tem o rico a liberdade

Dar ao pobre seu picão,

E se no pobre dá o rico

Não sai dali que o não pague.

 

Lá vai o pobre crescendo,

Com ele a miséria cresce:

Nunca tem o que carece,

Pobremente vai vivendo;

Mundo, mundo, não te entendo!

Não sei que pragas te bote,

Não somos iguais na sorte,

O pobre tem-lo marcado,

Que na vida é desgraçado,

E pouco feliz na morte.

 

Vai o pobre a um sermão,

Assim que à igreja entra,

Trás da pia da água benta

É o lugar que lhe dão;

Os ricos todos estão

Pelos bancos assentados,

Os pobres estão encostados,

Às paredes pelos cantos.

Só os pobres não têm bancos,

Em tudo são desgraçados.

 

Lá sai uma procissão,

Dá o mordomo as opas;

Aos ricos bota-lha às costas,

Mas aos pobres não lhas dão:

Metem-lhe às vezes na mão,

Os chapéus dos mais pimpões.

Vai o pobre aos trambolhões,

Na procissão envolvido,

Só para servir de cabido,

Aos chapéus dos figurões.

 

Vai o pobre com razão

Falar às autoridades,

Expõe as suas verdades

Sempre com chapéu na mão.

Não lhe dão grande atenção;

Começa o pobre a pedir.

Nunca o mandam cobrir,

Depois de lhe ter ouvido

O que o pobre tem pedido,

Vai-se embora por servir.

 

Chega o rico opulento

A pedir qualquer mentira,

Nem sequer o chapéu tira,

Mandam-no entrar para dentro

Dão-lhe todo o acatamento;

Entra o rico a pedir,

Começam todos a rir,

Depois de o ter ouvido,

Lá sai o rico servido

E o pobre por servir.

 

Por força pobre há-de ser

O que nasce para ser pobre,

Ainda que queira não pode

No mundo enriquecer

Nem o rico quer viver

Por desgraça ao pé do pobre

Anda sempre a ver se pode

Culpá-lo injustamente

Para lhe vender de repente

Os palheiros onde dorme.

 

Neste mundo quem é rico

Traz a glória consigo

Tem por lá muito amigo

Morrem uns, outros lhe ficam,

Mas o caso mais bonito

É que há-de morrer também,

Por cá não fica ninguém;

Depois, quando lá chegar,

Por fortuna há-de encontrar

Tanto como o pobre tem.

 

Dá-se às vezes um jantar

Em qualquer festa ou função,

Mas os pobres nenhuns vão,

Para a mesa particular,

Lá lhes dão outro lugar,

De bem menos estimação:

Às vezes falta-lhes o pão,

Outra vez tarda-lhes o vinho,

Mas o pobre coitadinho,

Vai comendo o que lhe dão.

 

Os ricos todos estão

Uns com outros misturados,

Dando vivas, engraçados:

Sempre com o copo na mão:

Lá vai um viva ao patrão,

Se é casado ou solteiro,

Lá vai outro ao cozinheiro,

Tocam os pratos então,

Espeta-se mais um rojão,

Grande coisa é ter dinheiro!

 

De que serve a geração,

Sem fazenda nem dinheiro?

Que importa ser cavalheiro?

Nem senhoria lhe dão.

Quem quiser ter estimação,

Viver no mundo arrogante,

Tenha dinheiro bastante,

Para viver com fantasia,

Que não lhe falta senhoria,

Ainda que seja marchante.

 

Ponde os olhos no Calheiros,

Que é de grande geração,

Nem senhoria lhe dão,

Dormindo pelos palheiros.

Que importa ser cavalheiros

Com a barriga a bambar?

De que serve passear

Com o nome de fidalgo,

Passando fome de algo

Com piolhos no colar?

 

Vai um pobre a um juramento,

Sejam pais, sejam filhos,

São testemunhas de quartilhos,

Não se lhe dá merecimento.

Vai o rico opulento,

Jurar mentiras, e maldades,

Todas as autoridades

Lhe mandam escrever o dito,

No cartório fica escrito,

As mentiras por verdades.

 

Rouba o pobre uma horta

As couves para um caldinho,

É já preso de caminho,

E atranca-se a porta,

Todos lhe viram cara torta,

Porque lhe não vêem dinheiro,

Lá morre no cativeiro,

O pobre sem livramento,

Mas ninguém tem sentimento

Por morrer um ratoneiro.

 

Tem qualquer rico roubado,

Roubos de consideração,

Esse não vai para a prisão:

Anda sempre afiançado,

Lá tem o irmão jurado

O parente e o amigo,

Traz bem dinheiro consigo,

Fala com os seus iguais,

Nas audiências gerais,

Fica sempre absolvido.

 

Ganham esses empregados,

Nas suas ocupações,

Ganham juízes e escrivães,

Senadores e deputados,

Só os pobres dos jurados,

Meses, e dias perdendo,

À sua custa metendo,

Se na algibeira o levar,

Se não há-de jejuar,

Mundo, mundo, não te entendo!

 

Onde há um Juiz de Direito,

Quando não um ordinário,

Vencendo o seu salário

Sentenciando tudo a eito,

Irá tudo mais bem feito;

Escusam de mandar chamar,

O lavrador só para dar,

Sentenças dum ratoneiro,

Pois as que rendem dinheiro,

Lá se dão noutro lugar.

 

Está qualquer pobre doente,

Não lhe assiste o cirurgião,

Não lhe paga tem razão,

Vai sofrendo tristemente,

Lá lhe dá um acidente,

Pede o pobre confissão,

Mas falta-lhe o capelão,

Ainda que o vão chamar,

Quando o vem confessar,

Mal lhe põe a extrema-unção.

 

Adoece qualquer rico,

Já correm os cirurgiões,

Médicos e capelães,

Nem os mezinheiros ficam,

Anda ali tudo num grito,

Nenhum deles sai de lá,

Com o sentido no chá,

E na tosta misturada;

Como o pobre não dá nada,

Se há-de morrer morra já.

 

Procura-se uma ervinha,

Faz-se mais um cozimento,

Assim vai passando o tempo,

Enquanto cheira a cozinha;

Vai-se cozer a mesinha,

Enquanto ela está quente,

Toma-se o pulso ao doente,

Deita a língua de fora,

Assim vai chegando a hora,

Do jantar que é excelente.

 

Francisco Pires Zinão (1786-?)

 

Copiado daqui: http://couramagazine.blogs.sapo.pt/


publicado por AC às 16:13

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Terça-feira, 28 de Novembro de 2006

Carreira


publicado por AC às 00:46

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Terça-feira, 21 de Novembro de 2006

Ao Leme

Imagem [daqui]


publicado por AC às 22:54

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Segunda-feira, 13 de Novembro de 2006

A esquerda moderna

O congresso do PS não passou de uma reunião de amigos e familiares. Reviram-se invejaram-se, tentaram mostrar que estão todos bem na vida – a julgar pelos anéis – disseram umas tretas uns aos outros e, fizeram questão em afirmar que as maiorias parlamentares justificam todas as políticas, todas as decisões, atropelos e barbaridades.

 

Ficou o essencial, o estilo, já que nestes dias é o que conta; o estilo. Já se não espera que seja sério, que cumpra o que prometeu, que cobre mais à banca e menos a quem trabalha, que não empenhe – ainda mais – o país, que não liquide o Serviço Nacional de Saúde, que não ofereça os créditos portugueses a empresas privadas, que não fale em solidariedade e esmague quem menos tem porque o que importa, é o estilo.

 

É o estilo da esquerda moderna. Tudo elegante, rico e bem-falante. Já não há lugar a Tinos. É um problema profundo, tendo em conta que o pateta da oposição com as suas propostas idiotas, consegue fazer com que estes indivíduos se reclamem, ainda, de esquerda.

 

Mas eles sabem, que nós sabemos que é mentira. Este PS não é de esquerda, o governo não é socialista e o senhor Sócrates, não é nenhuma destas coisas.


publicado por AC às 18:46

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Quinta-feira, 9 de Novembro de 2006

Como se adjectiva?

Em resposta à leitura das declarações do Sr. Sócrates acerca da sua promessa eleitoral de manter as Scut, feita por um deputado, o Sr. Primeiro-ministro respondeu assim:

 

- O Sr. Deputado, perdeu dez minutos a falar do passado!

 

Independentemente de se ser a favor ou contra, a minha dúvida é a seguinte: Como se classifica este tipo de gente?


publicado por AC às 11:33

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Terça-feira, 7 de Novembro de 2006

Carta Aberta

Na caixa de correio do Desgovernos:

CARTA ABERTA AO ENGENHEIRO

JOSÉ SÓCRATES

Esta é a terceira carta que lhe dirijo. As duas primeiras motivadas por um convite que formulou mas não honrou, ficaram descortesmente sem resposta. A forma escolhida para a presente é obviamente retórica e assenta NUM DIREITO QUE O SENHOR AINDA NÃO ELIMINOU: o de manifestar publicamente indignação perante a mentira e as opções injustas e erradas da governação.

Por acção e omissão, o Senhor deu uma boa achega à ideia, que ultimamente ganhou forma na sociedade portuguesa, segundo a qual os funcionários públicos seriam os responsáveis primeiros pelo descalabro das contas do Estado e pelos malefícios da nossa economia. Sendo a administração pública a própria imagem do Estado junto do cidadão comum, é quase masoquista o seu comportamento.

Desminta, se puder, o que passo a afirmar:

1.º Do Statics in Focus n.º 41/2004, produzido pelo departamento oficial de estatísticas da União Europeia, retira-se que a despesa portuguesa com os salários e benefícios sociais dos funcionários públicos é inferior à mesma despesa média dos restantes países da Zona Euro.

2.º Outra publicação da Comissão Europeia, L'Emploi en Europe 2003 , permite comparar a percentagem dos empregados do Estado em relação à totalidade dos empregados de cada país da Europa dos 12. E o que vemos? Que em média nessa Europa 25,6 por cento dos empregados são empregados do Estado, enquanto em Portugal essa percentagem é de apenas 18 por cento. Ou seja, a mais baixa dos 12 países, com excepção da Espanha.

As ricas Dinamarca e Suécia têm quase o dobro, respectivamente 32 e 32,6 por cento. Se fosse directa a relação entre o peso da administração pública e o défice, como estaria o défice destes dois países?

3º. Um dos slogans mais usados é do peso das despesas da saúde. A insuspeita OCDE diz que na Europa dos 15 o gasto médio por habitante é de 1458. Em Portugal esse gasto é . 758. Todos os restantes países, com excepção da Grécia, gastam mais que nós. A França 2730, a Austria 2139, a Irlanda 1688, a Finlândia 1539, a Dinamarca 1799, etc.

Com o anterior não pretendo dizer que a administração pública é um poço de virtudes. Não é. Presta serviços que não justificam o dinheiro que consome. Particularmente na saúde, na educação e na justiça. É um santuário de burocracia, de ineficiência e de ineficácia. Mas infelizmente os mesmos paradigmas são transferíveis para o sector privado. Donde a questão não reside no maniqueísmo em que o Senhor e o seu ministro das Finanças caíram, lançando um perigoso anátema sobre o funcionalismo público. A questão reside em corrigir o que está mal, seja público, seja privado. A questão reside em fazer escolhas acertadas. O Senhor optou pelas piores . De entre muitas razões que o espaço não permite, deixe-me que lhe aponte duas:

1.º Sobre o sistema de reformas dos funcionários públicos têm-se dito barbaridades . Como é sabido, a taxa social sobre os salários cifra-se em 34,75 por cento (11 por cento pagos pelo trabalhador, 23,75 por cento pagos pelo patrão ).

OS FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS PAGAM OS SEUS 11 POR CENTO! .

Mas O SEU PATRÃO ESTADO NÃO ENTREGA MENSALMENTE À CAIXA GERAL DE APOSENTAÇÕES, COMO LHE COMPETIA E EXIGE AOS DEMAIS EMPREGADORES , os seus 23,75 por cento. E é assim que as "transferências" orçamentais assumem perante a opinião pública não esclarecida o odioso de serem formas de sugar os dinheiros públicos.

Por outro lado, todos os funcionários públicos que entraram ao serviço em Setembro de 1993 já verão a sua reforma ser calculada segundo os critérios aplicados aos restantes portugueses. Estamos a falar de quase metade dos activos. E o sistema estabilizará nessa base em pouco mais de uma década.

Mas o seu pior erro, Senhor Engenheiro, foi ter escolhido para artífice das iniquidades que subjazem á sua política o ministro Campos e Cunha, que não teve pruridos políticos, morais ou éticos por acumular aos seus 7.000 Euros de salário, os 8.000 de uma reforma conseguida aos 49 anos de idade e com 6 anos de serviço. E com a agravante de a obscena decisão legal que a suporta ter origem numa proposta de um colégio de que o próprio fazia parte.

2.º Quando escolheu aumentar os impostos , viu o défice e ignorou a economia. Foi ao arrepio do que se passa na Europa . A Finlândia dos seus encantos, baixou-os em 4 pontos percentuais, a Suécia em 3,3 e a Alemanha em 3,2.

3º Por outro lado, fala em austeridade de cátedra, e é apologista juntamente com o presidente da Câmara Municipal de Viana do Castelo, da implosão de uma torre ( Prédio Coutinho ) onde vivem mais de 300 pessoas. Quanto vão custar essas indemnizações, mais a indemnização milionária que pede o arquitecto que a construiu, além do derrube em si?

4º Por que não defende V. Exa a mesma implosão de uma outra torre, na Covilhã ( ver ' Correio da Manhã ' de 17/10/2005 ) , em tempos defendida pela Câmara, e que agora já não vai abaixo? Será porque o autor do projecto é o Arquitecto Fernando Pinto de Sousa, por acaso pai do Senhor Engenheiro, Primeiro Ministro deste país?

·         Por que não optou por cobrar os 3,2 mil milhões de Euros que as empresas privadas devem à Segurança Social ?

·         Por que não pôs em prática um plano para fazer a execução das dívidas fiscais pendentes nos tribunais Tributários e que somam 20 mil milhões de Euros ?

·         Por que não actuou do lado dos benefícios fiscais que em 2004 significaram 1.000 milhões de Euros ?

·         Por que não modificou o quadro legal que permite aos bancos, que duplicaram lucros em época recessiva, pagar apenas 13 por cento de impostos ?

·         Por que não renovou a famigerada Reserva Fiscal de Investimento que permitiu à PT não pagar impostos pelos prejuízos que teve no Brasil, o que, por junto, representará cerca de 6.500 milhões de Euros de receita perdida ?

 

A Verdade e a Coragem foram atributos que Vossa Excelência invocou para se diferenciar dos seus opositores.

 

QUANDO SUBIU OS IMPOSTOS, QUE PERANTE MILHÕES DE PORTUGUESES GARANTIU QUE NÃO SUBIRIA ,

FICÁMOS TODOS ESCLARECIDOS SOBRE A SUA VERDADE.

 

QUANDO ELEGEU OS DESEMPREGADOS , OS REFORMADOS E OS FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS COMO PRINCIPAIS INSTRUMENTOS DE COMBATE AO DÉFICE,

  PERCEBEMOS DE QUE TEOR É A SUA CORAGEM.

 

Santana Castilho (Professor Ensino Superior)

Se estiver de acordo, divulgue PF.


publicado por AC às 12:27

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Segunda-feira, 6 de Novembro de 2006

O nojo da política portuguesa

Do nojo da Política à direita (com aquele abraço Mendes-jardim - no post infra), segue-se o nojo à esquerda. Cada vez mais me convenço que os partidos políticos em Portugal deveriam pagar iVA à taxa de 780% para terem alvará de utilização. Paralelamente, Manel Mª. Carrilho deveria ser suspenso da vida pública portuguesa por manifesta irresponsabilidade política (local/autárquica e nacional como deputado), e nem se percebe o que faz no Parlamento além de ocupar o lugar naquele seu mundinho povoado de vaidade irritante e vazia. Escrever livros de filosofia também não passa dum jogo de racionalidade hermético de trazer por casa, de modo que tudo alí é confinante, exasperante, definhante, decadente e deprimente. Talvez alguma estilista o possa ajudar nessa hermeneutica...Talvez uma viagem a katmandu com escala no Tibete lhe fizesse bem... Talvez um bilhete só de ida para Jakarta.

Continuar a ler no Macroscopio


publicado por AC às 19:12

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À tripa forra, pois claro!

Ora aqui está a limpo e num raro momento de elevada prosa jornalistica, o triste comportamento desta canalhada que sem qualquer moralidade se ajavarda no lamaçal em que se tornou este desgraçado país.

"O interior do avião parecia um hotel de luxo, com enormes poltronas em pele, acabamentos em madeira e espaço para exercitar as pernas. Na cabine dianteira, destinada aos membros do Governo e a convidados da administração da barragem de Cahora Bassa, sobressaíam os mármores e uma espécie de salão, candeeiro com abat-jour, sofá em "L" e mesa comprida.
No momento em que José Sócrates chegou ao avião, pelas 18h45, vindo directamente de Moura, no Alentejo, os passageiros pareciam crianças excitadas, contentes com a surpresa daquele requinte."

"O jantar foi servido pelas 21h00. Entrada de rúcula com pinhões, meloa com presunto de Parma, quatro pratos à escolha. Para sobremesa, gelado de morango, tiramisu, fruta fresca. Na primeira cabine, o ministro da Defesa, Luís Amado, e o ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, comiam à mesma mesa de José Sócrates. Nas cadeiras em redor, seguiam Miguel Galvão Teles e Mira Amaral.
As hospedeiras não paravam: ora voltavam a encher o copo de alguém, ora distribuíam mais um pão (de alho, passas e pinhões, centeio...) para acompanhar a selecção de queijos. Sempre com profissionalismo suíço."

"Tens um ipod?", perguntou-lhe o primeiro-ministro, a dada altura. "Já te tinha dito que adoro todo o tipo de gadgets. Porto-me como um miúdo grande com estas coisas", respondeu Teixeira dos Santos."


publicado por AC às 00:41

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Sábado, 28 de Outubro de 2006

Navegaçãp à bolina

Suspeita nas SCUT

 

Os estudos sobre as portagens nas SCUT foram encomendados a uma empresa de que foi fundador e sócio um adjunto do secretário de Estado das Obras Públicas. O valor pago pelo ministério de Mário Lino foi de 275 mil euros e os trabalhos foram adjudicados sem concurso.

 

Sistema Nacional de Saúde

 

Correia de Campos explica taxas

Na semana em que foi criticado pelos próprios socialistas, o ministro da Saúde garante, em entrevista ao SOL, que as taxas de internamento são constitucionais.

 

Investigadas 131 empresas

 

Fraude no IVA de 2,7 mil milhões de euros

A Administração fiscal está a investigar os movimentos transfronteiriços de 131 empresas dos mais diversos sectores de actividade depois de ter detectado uma potencial fraude de 2,7 mil milhões de euros, noticia o Semanário Económico.

 

A banca chafurda em dinheiro

 

Só em juros de créditos à habitação e consumo, as familías pagam à banca, por dia em juros, 16 milhões de €.

 

..., Ou seja. Não muda nada. Continua o massacre do povo português.


publicado por AC às 19:42

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Terça-feira, 24 de Outubro de 2006

O Massacre

 

É como Santana Castilho designa o Orçamento:

 

“No Orçamento de Estado para 2007 é um tributo ao Pacto de Estabilidade e Crescimento (que ironia de nome, à sombra do qual só minguamos), ao poder do dinheiro e aos aspectos desumanos da globalização. Cortar, pagar mais, aumentar impostos e criar taxas são as referências. O massacre dos mais fracos é a sua insofismável marca. Da complexidade de razões que explicam a crise económica em que o país mergulhou, uma verdade emerge, simples e linear: os massacrados por este orçamento não foram os responsáveis pelas políticas que conduziram a economia e as finanças públicas ao estado em que estão. Apesar da unanimidade forte dos economistas e dos comentadores de serviço, onde eles vêem inevitabilidade eu vejo a mera tacanhez que distingue governantes de contabilistas. Dos inúmeros casos que poderíamos escalpelizar para evidenciar como uma sábia quanto odiosa manipulação da opinião pública predispõe à espoliação anestesiada, retenhamos a rábula do aumento do preço da electricidade: dizem-nos agora que não pagamos o aumento real dos custos de produção há uma quantidade de anos e que, culpados que fomos por isso, teríamos que aguentar 16 por cento de aumento de uma só vez (corrigidos à pressa pelo inefável ministro da Economia para seis); mas não nos dizem, do mesmo passo que, não há muito, Durão Barroso afirmava que a privatização da EDP e a liberalização dos preços conduziriam à baixa dos mesmos e aos ganhos dos consumidores; e muito menos nos dizem que a pobre da EDP, vilmente espoliada por nós, consumidores culpados, que não pagamos há anos essa subida dos preços de produção, mesmo assim está entre as dez congéneres mais rentáveis da Europa”

 

In O Público , Via O Jumento


publicado por AC às 11:34

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Quinta-feira, 19 de Outubro de 2006

O saque

Não posso imaginar o que mais será preciso acontecer, para acordar este povo da imbecibilidade em que se encontra mergulhado e correr com estes vampiros que, sentados nas cadeiras do poder, nos vão sugando paulatinamente, o pouco sangue que nos resta.

 

Todos os dias nos são impostos novos cortes, restrições, aumentos de preços, impostos, taxas, desemprego e todo um arsenal de métodos próprios para saquear um povo. E pasme-se, em nome de uma maior justiça social, que um governo socialista deveria efectivamente promover.

 

O que ontem era uma mais valia económica para o país, as SCUT, passaram hoje a regalias populares, insustentáveis para o governo. O ano passado, o governo aumentou o IVA para poder manter as SCUT. Foi uma boa estratégia já que assim pôde aumentar o imposto e cobrar as portagens.

 

Estaríamos provavelmente melhor sem qualquer governo, do que sendo saqueados diariamente por estes indivíduos, que fazem da política um meios de se governarem, mentindo, fugindo, vivendo de expedientes e contando milongas a um povo inculto e, em muitos casos perfeitamente ignorante. Restam meia dúzia de espertos e assim, até dá gosto ser político.


publicado por AC às 10:56

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Quarta-feira, 18 de Outubro de 2006

Vai um ano de misérias

Passa hoje um ano que aqui coloquei o primeiro post. Acho que vale a pena revê-lo. Infelizmente.

A todos os amigos que aqui passaram e foram animando a minha decepção, obrigado e bem hajam.


publicado por AC às 21:57

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Terça-feira, 17 de Outubro de 2006

Já me esquecia

Por acaso eu até concordo com esta coisa da legalização do aborto. Se já tivesse sido legalizado, muito filha da puta não teria nascido e escusavam agora de se empenharem na coisa.

Será por acaso que esta questão surge sempre em paralelo com a discussão do OE?


publicado por AC às 16:42

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Viva o mercado ibérico da energia

O liberalismo económico, para gáudio de quem nos rouba diariamente e mais meia dúzia de patetas que batem palmas, está imparável.

 

Ora aqui temos os benefícios para o consumidor que a liberalização do mercado energético iria trazer. Depois de os particulares verem a sua factura aumentada para subsidiar a energia consumida pelas empresas, anuncia-se agora um aumento como deve ser.

 

A minha factura mensal, para uma casa desabitada durante o dia e que acende as luzes à noite – com um frigorífico ligado a tempo inteiro, passou de 35 € em 2005, para 50 € no ano em curso, a minha e, pelo menos, a da generalidade dos moradores desta rua. Sem nada que o justifique, como é óbvio. Aliás duvido que muita gente consuma menos energia do que eu, daí, gostaria de saber como é que a factura média dos portugueses é de 25 ou 30€.

 

Para cúmulo, este generoso aumento do custo é maior para os particulares já que “para as empresas também vai ser actualizado, mas em percentagens inferiores. Os clientes da média alta tensão terão um aumento de 9,3%, os da alta 9,2% e os da média 7,2%. É neste último tarifário que estão a maioria das panificações e pequena indústria.”

 

Outro facto curioso é que não se consegue pagar menos. Por muito que se poupe, há sempre um tarifário mais manhoso que nos eleva a conta.

Num país onde se prevê um aumento salarial de 1,5% e uma inflação acima dos 2%, não está mal. Digamos mesmo que é corajoso.

 

Maravilhas dos nossos tempos. Nunca se roubou tanto tão facilmente.


publicado por AC às 12:10

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Segunda-feira, 16 de Outubro de 2006

Estamos ricos 2

"Podemos dizer que a crise acabou!"

Sempre é verdade que um Dr., é um burro carregado de livros!


publicado por AC às 21:06

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Sábado, 14 de Outubro de 2006

Estamos ricos!

Peço desculpa aos amigos que aqui passam pela falta de “postagem” que por aqui se verifica.

 

Mas agora que saímos da crise – penso que os senhores ministros se referem à classe dominante, porque a rapaziada do regime geral está mais pobre do que quando estávamos em crise – vou voltar a postar de vez em quando, porque o clima agora é outro e a persistência dos estimados governantes em esfolar a populaça, merece ser louvada.

 

Entretanto, aqui pela minha zona, tem-se falado muito de merda e, ainda que atrasado, solicito aos meus amigos que visitem o Notícias da Aldeia e ajudem da divulgação do que é um acto de selvajaria pura em atropelo total das leis, do ambiente, à saúde e bem-estar a que cada um de nós deveria ter direito. Ora façam lá o favor de meter a boca no trombone a partir daqui. Dêem uma volta pelo blog para acompanhar os desenvolvimentos.

 

E tenham um bom fim-de-semana.


publicado por AC às 19:03

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Quarta-feira, 13 de Setembro de 2006

Timbila Muzimba

40 Milhões de contos para isto.

publicado por AC às 18:26

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Sexta-feira, 1 de Setembro de 2006

Sempre os mesmos

Por aqui pouco tenho postado, não por falta de tempo ou vontade mas, porque nada muda. Resume-se a roubar quem já não tem qualquer coisa de seu. Tira-se o pão da boca de quem mais fome tem, para gáudio e proveito de quem já têm tudo. Só mais dois exemplos [Aqui] e [Aqui].


publicado por AC às 23:22

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Segunda-feira, 21 de Agosto de 2006

É muita canalhice

Reforma da saúde.., afinal.., o dinheiro não é problema e o homenzinho nem precisa fazer contas. É natural, já que grande parte destes oportunistas nem a tabuada deve saber.

 

Mas reconheçamos, só um grande país pode aguentar tanta canalhice.

A propósito disto.., lembram-se daquele saudoso primeiro que dizia: ora…, ora.., então, é só fazer as contas. Grandes tempos hã, temos coabitado com grandes espécies.


publicado por AC às 18:29

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Domingo, 20 de Agosto de 2006

Num estado de direito

É óbvio que o país está divorciado dos políticos que impunemente, nos têm arruinado em proveito próprio e a favor dos amigos mais chegados. Tenho a ideia de que já ninguém se reconhece nestes indivíduos, que seguiram uma profissão que lhes permite viver desafogadamente sem ter que vergar o coirão.

 

Apesar do sufoco em que tornaram o nosso dia a dia, a despesa pública não para de crescer. Ora a despesa pública é uma despesa gerida pelos referidos políticos, pelo que é bom de ver que os ditos ou são totalmente inconscientes e incompetentes ou, totalmente destituídos de valores éticos e a sua ganância tão limites.

 

A tão, ainda curta distância das ultimas eleições, esboço um sorriso triste quando penso que este povo ainda há dias acreditava que o Sr. Silva ia mudar a sua - a nossa vida. Como seria de esperar, o dito cujo apenas mudou a sua própria vida. Para melhor, claro!

 

Vem agora a actual cambada eximir-se de publicar os contratos de trabalho na Administração Pública que celebrar, com a justificação de que a isso não obriga a lei.

 

É mau. Mau porque vamos continuar a pagar este imenso e indescritível logro e, já nem ao menos temos direito de saber quem empocha o suor do nosso trabalho.

 

Mas faz sentido. Conhecidos os criminosos, a polícia teria de actuar.


publicado por AC às 21:22

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Domingo, 6 de Agosto de 2006

Tudo a banhos!

Ainda bem que o povo pagante não sabe do que se está a falar. Com os ordenados miseráveis dos políticos, férias no resort Pine Cliffs com personal trainner?

 

Um partido contra políticos? Mas não é político qualquer partido? Não seria mais eficaz promover o voto em branco?

 

Nunca vou a um SAP e nunca irei! Pois, mas o povo vai!


publicado por AC às 22:02

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Sexta-feira, 4 de Agosto de 2006

Tudo controlado!

              enquanto os portugueses recuperam à beira-mar, o estimado governo que elegemos com maioria absoluta, continua o desmantelamento de uma das melhores polícias do mundo. Como dizia aquele senhor do partido: quem se mete com o PS, leva!

 

                         O Costa acha que não tem nada a dizer sobre os incêndios; verdade seja dita, nós também dispensamos a retórica do funcionário…,

 

                             o senhor Júdice, o maior empresário português do negócio da justiça, vingou-se da Ordem que o censurou e não autoriza a colocação do seu retrato na galeria dos bastonários nem usará mais o colar. Claro que tal assunto me tira o sono…,

 

                           entretanto surgem notícias da tão propalada recuperação da nossa economia…,

 

                              parece que afinal os sobreiros são mesmo para abater, por divina ordem do espírito santo e ainda vamos ter que pagar 90 mil contos de indemnização ao senhor Guedes…,

 

                        e para acabar em grande, a CGD é o novo patrocinador do Benfica. Dinheiros públicos que não existem para as forças de segurança, para a saúde, para as reformas, aparecem para patrocinar clubes de futebol. Assim é que é….,

 

               podemos continuar descansados


publicado por AC às 10:47

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Sábado, 29 de Julho de 2006

Na calmia do estio

Foi um esforço muito grande e o  país ainda não se recompôs do cansaço no apoio aos milionários do pontapé na bola. By the way, entrou em vacances. Não se passa nada, excepto os ataques ao blog do senhor Pereira que reedita o célebre êxito: A mim ninguém me cala a menos que me seja dada a subvenção!

 

                   Por falar em ninguém me cala, o autor foi contemplado compulsivamente com mais uma reformita de pouco mais que três mil euros mensais, pelos 3 meses de emprego que teve há 30 anos atrás na RDP. Dizer que não ficou nada do 25 de Abril é canalhice. Eu que já ando há mais de 40 anos a descontar e não tenho reforma nenhuma, só devo estar grato a estes senhores que tanto se sacrificaram por mim....,

 

              segundo o Jumento foi publicada a lista de 16 senhores que se sacrificaram por mim e por isso pediram em 2005 a atribuição de subvenção vitalícia mensal e na qual se incluem: Almeida Santos, do PS, Manuela Ferreira Leite, do PSD, Narana Coissoró, do CDS/PP, Carlos Encarnação, presidente da Câmara de Coimbra pelo PSD, e Isabel Castro, de Os Verdes. Em 2006 pediram a subvenção vitalícia mais dois ex-deputados: José Pacheco Pereira, do PSD, e Anacoreta Correia, do CDS/PP....,

 

                 as empresas municipais existem para dar emprego e nós, que somos uns manhosos, não sabemos reconhecer o esforço dos autarcas na erradicação do desemprego entre políticos familiares e amigos....,

 

                           reconhecendo as justas reivindicações da malta que carrega livros, a senhora ministra mandou fazer umas provas mais acessíveis ao único neurónio dos distintos alunos, dando assim um enorme contributo à elevação científica da futura cambada....,

 

                      o pensionista senhor Silva parece que está a banhos depois do árduo esforço na execução dos seus roteiros contra… contra ó qué que foi???

 

                             o senhor José está a preparar a nova época, é preciso refinar a oratória porque já há p’ra aí dois ou três gajos que lhe chamam mentiroso…,

 

              parece que lá p´ra Lisboa e edilidade anda a trocar licenças de construção por prédios, sem que se conheçam os futuros proprietários dos mesmos…,

 

                  o engenheiro do Benfica não acerta as contas e o Santana deixou de andar por aí. De resto, como se vê, não se passa nada que possa alarmar os veranistas...,

                 áh, já me esquecia, isto terá alguma coisa a ver?


publicado por AC às 17:06

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Quarta-feira, 26 de Julho de 2006

É chupar até ao tutano

Viva o liberalismo económico! As taxas de juro aumentaram pela sétima vez consecutiva. Os agiotas da banca rebolam-se em dinheiro. O BES aumentou os lucros no 1ª semestre deste ano, apenas 34,7%. Viva o socialismo Socrático!


publicado por AC às 01:25

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Segunda-feira, 24 de Julho de 2006

A carteira ou a vida

“Jornal de Notícias de 11 de Maio de 2006”

 

“Numa decisão inédita o Supremo Tribunal de Justiça decidiu no passado dia 7 de Janeiro que as operadoras de telecomunicações móveis teriam de devolver aos clientes o IVA cobrado sobre as mensagens escritas enviadas para a mesma rede, dado que se consideram mensagens internas e não estão sujeitas a IVA. Contactadas a Optimus, Vodafone e TMN, todas se escusaram a fazer comentários, mas o JN apurou que o custo das mensagens escritas é em média de 10 cêntimos, o que quer dizer que desses 10 há 2 cêntimos que são de IVA indevidamente cobrado aos clientes e que nem chegou a entrar nos cofres do Estado.

 

Ora o STJ decidiu que teriam de ser devolvidos todos os valores nos últimos 5 anos, dado que as ilegalidades cometidas antes dessa data já prescreveram. O Jornal de Notícias apurou ainda perante a Autoridade Nacional de Telecomunicações (ANACOM) que cada cliente deverá receber em média cerca de 100 euros, a creditar no saldo do telefone ou a liquidar por meio de cheque enviado para casa do cliente.

 

A ANACOM referiu que é provável que as operadoras de telecomunicações móveis não tomem a iniciativa de devolver o dinheiro aos clientes, pelo que os lesados deverão reclamar perante as mesmas ou usar a linha de apoio criada pela ANACOM em laboração com o Instituto de Defesa do Consumidor, das 10 às 17h, telefone 213 242 430 // 93 311 8965 - 919 398 377 - 963 034 495”

 

Sem comentário!


publicado por AC às 23:43

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Segunda-feira, 17 de Julho de 2006

Dias miseráveis

Tenho marginalizado os dias miseráveis que vamos vivendo, passando ao lado das vis notícias que amarguram os nossos dias.

 

Eis senão, quando ligo a TV e dou de caras com um tal Rebelo de Sousa a atribuir notas à canalha, perdão - mas notas atribuem-se realmente à canalha -  aos governantes e deputados, pelo seu desempenho na discussão mensal na AR. Faz isto algum sentido, ou tem isto qualquer seriedade?

 

Fazia o personagem o elogio do PR e do PM, comentando a sua boa vizinhança, e perguntando mesmo se, nas próximas eleições, o senhor Sócrates não terá mais votos que o senhor Silva.

 

Por um momento, assumi as imagens e palavras como se de um reality show qualquer se tratasse. Na verdade, tinha-me desligado completamente desta gandulagem que enche os bolsos à custa de palavreado finório, sugando quem trabalha.

 

Há aqui qualquer coisa obscena e surrealista. Será defensável que uma minoria continue a chupar o sangue e a vida de uma imensa maioria, indefesa na sua brutal ignorância, fazendo a sua riqueza na miséria das massas anónimas que vegetam até ao fim?

 

Será aceitável que um povo eleja um governo socialista e que esse mesmo governo agrave dramaticamente as suas já difíceis condições de vida, como se de um governo de extrema-direita se tratasse? Será aceitável que as ideologias políticas em Portugal se resumam a tirar aos pobres? Será aceitável que os candidatos ao poder político, para arranjarem um assento à mesa do repasto dos dinheiros públicos, mintam da forma mais descarada e sem-vergonha?

 

Que foi de uma grande coragem a reforma (mais uma) da segurança social…, será que tudo o que este povo é obrigado a entregar ao estado nunca é suficiente para sustentar os luxos desta cambada? Não sobram umas migalhas que permitam a este povo acabar os seus dias com a segurança de uma malga de sopa à mesa?

 

Claro que o senhor Sousa, é somente mais uma sanguessuga do sistema, sendo a essência da sua actividade o moldar da opinião pública tornando assim viável e previsível a continuidade do próprio sistema. Deixar no ar a ideia de que o povo está satisfeito com o governo ou que o PM poderá vir a ter mais de 50% dos votos numa futura eleição é claramente, condicionar um povo que não pensa pela sua cabeça e que se deslumbra com a fatiota do magano.


publicado por AC às 14:31

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Terça-feira, 11 de Julho de 2006

As viagens do senhor Silva

O senhor Silva que vive em Belém, reformado do Banco de Portugal, da Universidade Nova, de 1º ministro, no activo desempenhando o inútil cargo de presidente da república enquanto não acumula mais a reforma proporcionada por este cargo, apostou em demonstrar que se pode ser muito pior presidente que o seu antecessor.

 

Apostou esta cambada que ocupou as cadeiras do dinheiro e do poder, que se pode tratar os portugueses como gente de menoridade intelectual no seio da qual é possível praticar impunemente todos os crimes, enquanto se distrai o pagode.

 

Agora que a distracção futeboleira foi de férias, enquanto paulatinamente o governo vai prejudicando a generalidade dos cidadãos, o senhor Silva agendou uns roteiros inconsequentes aos quais ninguém de bom senso poderá atribuir qualquer interesse ou seriedade.

 

É portanto necessário arregimentar a populaça. Assim, o autarca de Marco de Canaveses, fez publicar nos jornais de hoje, a notável peça que de seguida transcrevo:

 

PRESIDENTE DA REPUBLICA PROF. ANÍBAL CAVACO SILVA EM MARCO DE CANAVESES QUARTA FEIRA, 12 DE JULHO DE 2006

 

CONVITE À POPULAÇÃO

 

O Presidente da Câmara Municipal do Marco de Canaveses, Dr. Manuel Moreira, convida a população para participar na visita de Sua Excelência o Presidente da República, Prof. Doutor Aníbal Cavaco Silva, à cidade do Marco de Canaveses, integrado no Roteiro para a Inclusão – 2ª jornada, sobre Crianças em Risco e Violência Doméstica, a ter lugar no próximo dia 12 de Julho, com o seguinte programa:

 

18.00h – Recepção a Sua Excelência o Presidente da República, na Av. Gago Coutinho, junto à Igreja de Stª Maria de Fornos – Marco de Canaveses.

 

18.15h – Homenagem às vítimas da Violência Doméstica, promovida pela Câmara Municipal do Marco de Canaveses, com a apresentação a Sua Excelência o Presidente da República das Telas pintadas durante a tarde por artista plásticos do Marco de Canaveses, Porto e Vila Nova de Gaia.

 

Testemunha Silenciosa com a colaboração de silhuetas que representam as 29 mulheres e 3 crianças que faleceram no ano de 2005, vítimas de Violência Doméstica.

 

19.00h – Missa em homenagem às vitimas da violência Doméstica, na Igreja de Stª Maria-Marco de Canaveses, presidida por Sua Excelência Reverendissíma o Bispo do Porto, D. Armindo Lopes Coelho.

……….

 

Este texto é uma verdadeira obra da literatura lusa. Não o tivesse cortado do jornal, acreditaria que saíra de uma obra Queiroziana.

 

O acto em si, é de uma total inutilidade, inconsequência e demagogia. Serve para o povo ver as três excelências; a da câmara, a da presidência e a da igreja. E acredito que lá vá muita gente babar-se por um gesto do gajo da câmara ou um perdigoto da excelência de Belém.

 

Seria muito mais útil que se revisse o código penal e se punissem verdadeiramente os indivíduos que exercem violência sobre os outros, homens e mulheres, porque não existem apenas homens violentos e se criassem estruturas educativas, morais e comportamentais que visassem a erradicação destas situações.

 

Mas, vivemos num país de excelências.


publicado por AC às 18:48

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Segunda-feira, 3 de Julho de 2006

Novas medidas governamentais

Recebido por e-mail:

Encerramento de morgues obrigam portugueses a ir morrer a Badajoz "Vão morrer Longe" é o nome de uma nova medida anunciada pelo Governo. Depois do encerramento das maternidades, o Ministério da Saúde prepara-se para mandar fechar as morgues onde não entre um mínimo de 1500 mortos por ano. É o caso da morgue do Hospital de Santo Tirso onde, de acordo com o ministro Correia de Campos, "o número de mortos é ridículo!". A população está naturalmente preocupada e as reacções não se fizeram esperar. "É uma vergonha!", confidenciou ao IP Américo Jacinto, de 82 anos, "tenho de ir morrer a mais de 60 quilómetros daqui! Agora diga-me se isto dá jeito a alguém".

 

Concentrados esta manhã à porta da morgue, os populares garantiram que vão fazer tudo para aumentar o número de mortes na cidade. "Nem que tenha de me matar! A mim e à minha família toda! Ouviram?! Eu mato-me já aqui!", ameaçou uma senhora, antes de se regar com gasolina.


publicado por AC às 13:10

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Quarta-feira, 28 de Junho de 2006

O país a ferro e fogo

O grande líder Alruas, em nome do povo oprimido de Silgueiros, apela a uma intifada contra os opressores que não multam as obras clandestinas dos compadres e depois vão multar as obras da junta. É uma luta desigual de um povo mártir armado apenas com pedras contra um estado que passa papel à junta que nunca mais acaba…,

 

               nos entretantos, o grande merceeiro do norte, antevendo grande consumo de armas, lançou uma opa, sobre as pedreiras circundantes…,

 

    enquanto isso, o Zarolho, proprietário do Vira frango, interpôs uma providência cautelar para que não lhe levem as pedras do passeio onde se situa a esplanada…,

 

              o Manecas do ferro velho, apresentou uma queixa contra a discriminação de que diz ser alvo. Argumenta que só os pedreiros é que vão ter negócio…, e ele tem lá muita sucata que serve muito bem para atirar ao inimigo…,

 

               o primeiro José, em declarações feitas a si próprio, afirmou que não estamos na idade da pedra e que se querem fazer guerra que usem a tecnologia com que ele dotou o país…,

 

                        os idosos do lar de Canhestros, fazendo sua a luta do povo de Silgueiros, ameaça  desatar à pedrada  ao pessoal vigilante caso este não os deixe ver os sites com meninas, o que é uma grande desumanidade porque a idade já não permite a fuga ao pessoal…,

 

               o exército dos fiscais já retaliou com uma valente mijadela no muro da junta. A gravidade deste acto é acrescida pelo facto de não ser uma mijadela simples mas desenhada.

 

Espera-se a todo o momento que o mudo fale.

 

É bom viver num país onde os políticos os têm no sítio!


publicado por AC às 20:01

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Atirar a primeira

Subscrevo inteiramente, se abranger igualmente, toda a classe política. Voluntario-me para atirar a primeira!


publicado por AC às 18:01

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Terça-feira, 27 de Junho de 2006

Portugal

Um pouco longo, mas vale a pena. Informação - não exaustiva -  sobre Portugal no dicionário Houaiss. Os sublinhados são meus:

 

“PORTUGAL, Estado da Europa meridional famoso sobretudo pelas importantes descobertas que seus navegadores realizaram nos séc. XV e XVI. Situa-se na península Ibérica, na extremidade ocidental do continente europeu. A Espanha, que se limita com Portugal ao leste e ao norte, ocupa a maior parte da península. O oeste e o sul de Portugal são banhados pelo oceano Atlântico. Lisboa é a capital e maior cidade de Portugal.  

A maioria dos portugueses vive em aldeias. Muitos dos aldeões são pessoas hábeis que enfrentam as águas agitadas do Atlântico para pescar em pequenos barcos ou agricultores que cultivam uvas para fazer vinho. Os peixes e vinhos de Portugal são apreciados em muitos lugares do mundo.  

Nos séc. XV e XVI, arrojados navegantes portugueses iniciaram a era dos grandes descobrimentos. Bartolomeu Dias comandou a primeira viagem em torno do cabo da Boa Esperança, no extremo sul da África. Vasco da Gama ultrapassou o cabo e descobriu o caminho marítimo para a Ásia. Pedro Alvares Cabral descobriu o Brasil. Essas viagens e muitas outras levaram ao estabelecimento de um vasto império português que abrangia colónias na África, Ásia e América do Sul.  

Modo de Vida. Os portugueses da zona rural em geral vivem em aldeias de pescadores ou de agricultores. As          aldeias de pescadores bordejam a costa do país e seus moradores há muito dependem economicamente da pesca. Os homens enfrentam as agitadas águas do Atlântico em pequenos barcos para pescar.   

Os agricultores portugueses cultivam vários produtos, mas são mais conhecidos pelas uvas de boa qualidade que usam no fabrico de vinho. Os vinhos de Portugal são apreciados em vários lugares do mundo. Alguns vinhateiros portugueses ainda seguem o costume tradicional de esmagar as bagas de uva com os pés descalços.  

Embora Portugal continue a ser um país agrícola, suas cidades — em especial Lisboa e Porto — estão crescendo rapidamente.   

A cada ano muitas pessoas do meio rural mudam-se para as áreas urbanas a fim de procurar trabalho na indústria ou outras ocupações. As cidades portuguesas possuem construções seculares, bem como modernos edifícios de apartamentos ou escritórios.  

Os portugueses mantêm estreitos laços familiares.   

A maioria dos portugueses, tanto nas cidades como nas zonas rurais, veste-se com os trajes comuns do Ocidente. Os principais alimentos portugueses são peixe, em particular o bacalhau, pão e azeitona. O vinho é a bebida favorita.  

As actividades recreativas preferidas são as danças folclóricas, as touradas e o futebol. As touradas portuguesas têm uma diferença muito grande das touradas da Espanha e da América Latina: em Portugal os touros não são mortos.  

Educação. O sistema de ensino de Portugal é menos desenvolvido se comparado aos da maioria das outras nações da Europa ocidental, sendo ainda o analfabetismo uma realidade no país. Pela lei, as crianças portuguesas devem frequentar a escola entre os seis e os 14 anos. Na maioria dos casos, pertencem a famílias pobres e abandonam a escola para trabalhar. O ensino primário é difundido em todo o país, mas muitas regiões de Portugal não têm escolas secundárias.   

Economia  

Portugal é um dos países mais pobres da Europa. A renda anual média per capita dos portugueses é de cerca de 9 mil dólares.   

Até meados do séc. XX. a economia de Portugal baseava-se na agricultura e na pesca. Actualmente, a indústria é o mais importante factor da economia e responde por aproximadamente 1/3 do valor dos bens e serviços produzidos em Portugal.   

As principais indústrias do país são alimentícias e têxteis, ratificando o pequeno desenvolvimento do sector secundário da região.  

Recursos Naturais. Portugal possui alguns recursos minerais. No norte do país existem jazidas de carvão e no sudeste, cobre, o volfrâmio, minério usado para fazer um metal chamado tungsténio, é encontrada nas regiões montanhosas do país.  

As florestas cobrem cerca de 1/3 de Portugal. Grandes pinheirais são encontrados no norte. Florestas de sobreiros no centro e no sul de Portugal fornecem grandes quantidades de cortiça.  

Os rios de Portugal, especialmente o Douro e o Tejo, produzem energia para fins eléctricos e industriais. O oceano Atlântico é outro importante recurso. Muitos portugueses há longo tempo dependem do peixe para seu sustento.  

Indústria. A produção de metais e maquinaria é a principal actividade industrial em Portugal. Fabricas de aço, que operam perto de Lisboa, encontram-se entre as principais indústrias pesadas do país. A produção naval e a petrolífera são outras importantes indústrias pesadas. Contam-se ainda entre as indústrias portuguesas: a de alimentos beneficiados — especialmente azeite, peixe e vinho — e a produção de artigos de vestuário, cortiça e couro, bem como tecidos. O artesanato português também contribui para a produção industrial do país.  

Agropecuária e Pesca. Uvas para a produção de vinho são cultivadas nos vales dos rios que cortam Portugal. Os vinhedos do vale do Douro fornecem uvas para o vinho do Porto, assim chamado por causa da cidade do Porto. Com as uvas das ilhas da Madeira faz-se o vinho Madeira. Os vinhedos do sul de Portugal produzem uvas de mesa. Entre as culturas encontradas em Portugal estão as de amêndoa. Arroz, azeitona, trigo, laranja. limão, milho e trigo. Criam-se bovinos, ovinos e suínos. Entre as várias espécies de peixes colhidos pelos pescadores portugueses estão atum, bacalhau e sardinha.  

A maioria das lavouras portuguesas são pequenas, com um tamanho médio de apenas 2 ha, principalmente na região norte do país. A maioria dos agricultores são donos de suas terras. Mas, especialmente no sul, existem algumas fazendas colectivas do Estado. Grande número de agricultores portugueses ainda utiliza métodos e equipamentos antiquados, mas o uso de métodos e equipamentos modernos vem aumentando.   

O Turismo desempenha importante papel na economia de Portugal. Muitos turistas visitam o país para apreciar suas belas paisagens, cidades antigas, bom clima e outras atracões. O dinheiro gasto pelos turistas ajuda a economia de Portugal.  

Comércio Exterior. As exportações de Portugal abrangem cortiça, peixe, polpa de madeira e vinho. Aço e ferro, algodão, veículos motorizados e petróleo encontram-se entre as principais importações.  

A Grã-Bretanha há muito tem sido o principal parceiro comercial de Portugal. Portugal é membro da Associação Europeia de Livre Comércio (AELC), organização de nações da Europa ocidental criada para fomentar a cooperação económica mútua. Portugal comercia intensamente com outros membros da AELC: Áustria, Finlândia, Islândia, Noruega, Suécia e Suíça. Portugal também comercializa bastante com a Alemanha os E.U.A., a França e a Itália.  

As principais organizações internacionais que mantêm laços com Portugal são: Banco Mundial, FMI (Fundo Monetário Internacional), OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Económico),   OMC (Organização Mundial de Comércio) , ONU (Organização das Nações Unidas) e OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte).  

Transportes. Uma rede ferroviária liga a maior parte das regiões de Portugal. Os sistemas ferroviário e aéreo pertencem ao governo nacional.   

A Primeira República Portuguesa. Por muitos anos Portugal pouco progrediu no sentido de um verdadeiro governo representativo. A monarquia continuava forte e o povo tinha pouca participação no governo. A oposição ao governo crescia continuamente. Em 1908, o rei Carlos I e seu filho mais velho foram assassinados em Lisboa por revolucionários que desejavam acabar com o poder da monarquia. O filho mais moço do rei, Manuel II, subiu ao trono, mas os revolucionários o depuseram em 1910 e estabeleceram a república em Portugal.  

A primeira tentativa de democracia parlamentar em Portugal fracassou. Foi marcada por excessiva interferência governamental na sociedade e pela instabilidade política. Em 15 anos, o país teve 44 diferentes governos. Os líderes da república enfrentaram inquietação trabalhista e revoltas militares e civis. Portugal lutou ao lado dos Aliados na Primeira Guerra Mundial (1914-1918) e os gastos com a guerra debilitaram sua economia já enfraquecida.   

A Revolução de 1974 ou Revolução dos Cravos. Os militares depuseram a ditadura em 1974. Denominaram a revolução de Movimento das Forças Armadas. O movimento dissolveu a polícia secreta, restaurou os direitos civis e formou um governo provisório para dirigir o país.  

Como parte das reformas, foram permitidos partidos políticos em Portugal pela primeira vez desde a década de 1930. Comunistas, socialistas e partidos que favoreciam a livre-empresa procuravam dominar o novo governo. Em 1974 e 1975, houve manifestações violentas entre grupos de posições políticas diferentes.  

Fim do Império. O novo governo de Portugal prometeu acabar com o colonialismo. A Guiné Portuguesa, na África, conseguiu independência em 1974 e adoptou o nome de Guiné-Bissau. Angola, Cabo Verde, Moçambique e São Tomé e Príncipe — também na África — tornaram-se independentes em 1975. Em 1976, a colónia de Timor, no arquipélago Malaio, foi invadida pela Indonésia.  

Portugal, portanto, domina apenas seu território no continente europeu e as ilhas dos Açores e da Madeira. Teoricamente, possui ainda outro pequeno território — Macau na costa sudeste da China. Mas Portugal na verdade exerce pouco controle sobre Macau.”  


publicado por AC às 21:51

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Terça-feira, 20 de Junho de 2006

Terrorismo social

A estratégia do governo para agravar as condições de vida dos portugueses é ridiculamente simples. Faz um primeiro anúncio. Se o povo não reagir, agrava as medidas contidas neste primeiro anúncio num segundo – pior que o primeiro – se ainda assim não houver reacção, volta a agravar o segundo e por aí fora. Passo a passo, o povo bovinamente, vai aceitando o corte na palha.

 

Serve de exemplo o processo da reforma da (in)segurança social. Quase diariamente, as condições de acesso a uma pensão, - a pagar com os 35% que trabalhadores e empregadores têm obrigatoriamente de entregar ao estado – se vão tornando mais difíceis.

 

Hoje é notícia que as actualizações das pensões será indexada ao crescimento da economia mas, se esta não crescer acima de 2% do PIB, a actualização será 0,5% abaixo da inflação. Pelo andar da carruagem, com crescimentos próximos do zero, os nababos dos reformados, bem vão ter que se dedicar à mendicidade, pelo menos aqueles que ainda não o fazem.

 

Que, quem se reformar antes dos 65 anos, será penalizado em 7,5% ao ano. Como as empresas entre os 50 e 55 anos, inapelavelmente despedem os trabalhadores, mesmo que estes tenham já 40 anos de contribuições, um contribuinte a 15 anos da idade de reforma, além de nada receber, por estas contas ainda fica a dever 12,5% ao estado.

 

Que, para efeito de cálculo do valor, serão considerados todos os anos de carreira e não os melhores 10 dos últimos 15 (creio que é assim), que é a fórmula actual. Curiosa é a justificação: “para evitar distorções já que há contribuintes que nos últimos anos reforçam os descontos”. Devem ser os notários ou trabalhadores liberais, porque os empregados por conta de outrem não têm possibilidade de tal. Mas, os senhores a quem demos maioria absoluta, entendem que se deve penalizar toda a gente e não apenas os prevaricadores.

 

Temos ainda aquela ideia peregrina da nova fórmula de cálculo se vir a aplicar retroactivamente a quem se reformou depois de 2002. Além de ser provavelmente constitucionalmente ilegal, do ponto de vista social, é absolutamente imoral.

 

Isto está a acontecer, num país onde muitos dos detentores do poder, além de funcionários governamentais, exercem actividades profissionais privadas e, auferem uma qualquer reforma. O PR é o primeiro exemplo.

 

Estamos a um passo de receber uma caridade, por pequena que seja, de um estado pulha que nos obriga a descontar 35% dos salários para que possamos ter uma velhice digna. Isto é inaceitável. Isto é uma vergonha.

 

Para garantir a sustentabilidade da SS, dizem eles, ainda que cada governo mande fazer as contas mais convenientes. Quando se compara as prestações da nossa SS com, e por exemplo a francesa, percebe-se melhor o logro de tudo isto. Considerando que França terá condições sociais equivalentes às nossas – desemprego e velhice – vejam apenas este exemplo: Uma cidadã portuguesa trabalhou e descontou, durante alguns anos em França. Regressada a Portugal e chegada a idade de reforma, passou a receber da SS francesa, cerca de 500 € mensais. Desde há 2 anos, ficou sozinha e inválida. A SS francesa aumentou-lhe a pensão em 1.000 €, mensais, destinados a pagar uma acompanhante, tendo retro activado esta prestação ao tempo em que ficou dependente.

 

Portugal chafurda numa pocilga política cujas consequências se abatem sobre o país, lançando este povo na maior miséria, enquanto que o poder se rebola de gozo confortavelmente estabelecido em reformas chorudas, vencimentos magnânimos, negociatas diversas, luvas e comissões.

 

Presumo que estas novas condições de acesso às reformas, se inserem na palhaçada designada “roteiro para a inclusão social” promovida pelo mudo. Está no bom caminho, especialmente porque as suas três pensões, já ninguém lhas tira e a que há-de receber enquanto ex-PR também está segura, pelo que, como ele próprio diz, não se conformem, porque eu não me conformo.

 

No meio deste desastre, os portugueses ou estão de férias ou, continuam impávidos e serenos a ver a bola. Esperemos pela próxima pancada.


publicado por AC às 23:05

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Segunda-feira, 19 de Junho de 2006

Da inutilidade do presidente

Os visitantes habituais deste blog, conhecem as minhas posições sobre os políticos que vamos tendo, e o regime que nos (des)governa. Lembrar-se-ão que questionei a utilidade de elegermos um presidente que não tem qualquer mais valia e nos custa seis milhões de contos/ano. Vasco Pulido Valente, no Público, fez a sua avaliação dos primeiros cem dias do Sr. Silva enquanto presidente. Ora, façam o favor de ler:

«A imprensa resolveu festejar os primeiros cem dias do Presidente da República e anda por aí à procura de uma palavra ou de um gesto, que revelem o homem ou iluminem intenções profundas. Cem dias num mandato de cinco anos (ou talvez dez) não significam nada. Ainda por cima no princípio. Como se viu com Eanes, com Soares, com Sampaio - e se verá com certeza com Cavaco. Tudo isto, toda esta excitação, é um resto da campanha. A esperança que irresponsavelmente se criou não deixa agora reconhecer a irrelevância da rotina do Presidente "providencial" e o pouco, ou nenhum efeito, que ela tem no país. E, como ela de facto não tem, apareceu muita gente determinada a ver o invisível e a perceber com muita subtileza o que não sucedeu.

Afinal de contas, que fez Cavaco? Vetou a "lei da paridade" mais por uma questão de forma do que de fundo. Deu um passeio pelo interior a que chamou "roteiro da inclusão" (sem a menor consequência prática), de que ninguém se lembrará daqui a dois meses. Preparou outro "roteiro", o da "ciência", que não passa de uma peça inútil de propaganda: os cientistas, principalmente os bons cientistas, não precisam de salamaleques, precisam de sossego e dinheiro. O dr. Cavaco também readmitiu os militares nas celebrações do 10 de Junho, coisa que absurdamente entusiasmou uma direita coriácea e pavloviana, que nunca esqueceu ou esquecerá o bom velho tempo. De resto, o Presidente repreendeu o ministro da Agricultura e apoiou com solicitude a ministra da Educação. O governo não ficou abalado e ele, presumo, ficou contente.

É verdade que o dr. Cavaco disse que "não se resignava" e, no 10 de Junho, querendo partilhar essa virtude, pediu aos portugueses que não se resignassem. Infelizmente, isto põe uma questão bicuda. O Presidente da República, com a sua larga inteligência, descobriu com certeza a maneira apropriada e perfeita de não se resignar. Já o português comum hesita. Como vai ele resistir à imparável decadência da Pátria? Trabalhando mais? Cumprindo com minúcia e zelo as leis do trânsito? Renunciando ao vício e, por maioria de razão, ao crime? Ou, com um pensamento mais puro e colectivo, como recomenda o eng. Sócrates, promover uma cabala para liquidar os partidos, comprar a PT ou mesmo montar uma mercearia fina em Campo de Ourique? A perplexidade aumenta e Portugal inteiro espera que o dr. Cavaco o esclareça. Numa altura tão crítica, o silêncio de Belém é mortal.»

 

Ora, a crise actual não é nova, tem mais de cem anos, e o sr., Silva terá tantas ideias e encontrará tantas soluções para o país, como todos os seus antecessores. A imprensa vem agora celebrar os primeiros cem dias presidenciais pela simples razão de que há que vender jornais todos os dias e, lamber o rabo a quem tem algum poder, é curricularmente, sempre útil. O mandato do sr., será seguramente cheio de roteiros e preocupações e, como todos os outros, inconsequente e inútil. Os portugueses, esses continuarão a trabalhar, a pagar e a viver miseravelmente. De vez em quando, ouvirão uns insultos sobre a sua competência, ou a sua produtividade, ou frase feitas do tipo; não perguntes o que pode o país fazer por ti…, para os espicaçar. Como se faz aos bois. Continuarão a eleger outros senhores Silva que darão seguimento à obra dos anteriores. E resignar-se-ão. Porque, como o felizardo sr., Silva, não encontraram forma de arranjar três reformas, um salário elevado, e uma benesse de seis milhões de conto por ano, para governar a vida.


publicado por AC às 09:33

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Sexta-feira, 16 de Junho de 2006

A corja

Enquanto a turba embasbacada glorifica os heróis que se batem galhardamente em terras germânicas, a quadrilha perpetra um novo saque. Saúde-se a criatividade das chefias no desenvolvimento das metodologias de assalto – ainda que esta não passe do vulgar; saca-lhe a carteira que o gajo está distraído.

 

A Opel resolveu chantagear o governo e ameaça  transferir a fábrica da Azambuja para Espanha. Sendo a mão-de-obra local uma das mais baratas da europa e, segundo dizem, elevadíssima a produtividade do pessoal da Azambuja, o que é que justifica este encerramento. Faz lembrar o processo da Renault em Setúbal, lembram-se? Não fosse isto o país de gente fraca que somos, e tínhamos mandado a Renault vender carros na Roménia assim como mandaríamos agora a Opel vender carros aos Espanhóis.

 

Saúde-se igualmente o pessoal que esforçadamente nos tem alertado para o perigo de comer galináceos que poderiam estar infectados com o famoso vírus da gripe aviaria e pergunte-se-lhe, se por acaso, nas análises que fizeram ao gado, nunca encontraram as salmonelas que contaminam 79%  dos frangos vendidos no país.

 

Notável, a convergência entre a maltosa do poder. O José saca o que pode aos pobres, (os ricos como todos sabemos estão isentos do pagamento de impostos) e o mudo, faz a sua grande cruzada; uma maior solidariedade para com os desfavorecidos.

 

Ora se fossem todos para a pqp.


publicado por AC às 19:38

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Domingo, 11 de Junho de 2006

Pequenas coisas dos dias que passam

afinal o país existe, as cervejeiras agradecem a preferência, e a rapaziada lá conseguiu vencer o Portimonense, perdão, o Varzim, ou foi o Paços de Ferreira, ou o GEA (grupo excursionista Angolano) por 1-0 e eu enquanto curioso destas coisas da bola, diria que levámos uma banhada,

 

…. mas sou eu que não entendo nada, porque um dos milhares de eruditos desta coisa do pontapé no esférico, que aparecem aos magotes por tudo o que é televisão, comenta neste momento que era esperado um jogo difícil…, pudera, contra equipas destas,

 

                          e já agora, estes repórteres da nova vaga que fazem aquelas perguntas inteligentes a crianças e velhinhos – então, quem é que vai ganhar?, e por quantos?, e quem é que marca os golos?,

 

     e que me tiram do sério ao fazerem estas perguntas de uma idiotice profunda, a gritar!, em que escola terão aprendido estas pérolas?, ou será que foram à escola?,

 

     mas, prontos, este foi o assunto sério do dia, vamos passar agora para as futilidades tarecas. Diz o Saramago que “não ficou rigorosamente nada do 25 de Abril”. Digo eu que está enganado, porque do 25 de Abril ficou um revanchismo odioso que se tem abatido pesadamente sobre o povo e que liquidou tudo o que se designou como “conquistas de Abril”, com juros. Curiosamente, o actual poder, dito socialista, tem-se distinguido nesta área.,

 

                                 agora que o José já nos empenhou por várias gerações a pagar as infra-estruturas do que seria uma obra vital para o país, uma reserva estratégica de água, prepara-se para entregar a dita obra estratégica ao turismo e ao imobiliário que é o que nós merecemos.,

 

                                                        o mudo de Belém segue os passos do seu antecessor e começa igualmente a distribuir medalhinhas a tudo o que mexe, distinguindo-se no facto de agraciar em primeiro os mais amigos,

 

                            ....,  o nosso amigo Francis tem um aviso urgente no seu blog, parece que a (in)segurança social arranjou um modo expedito de fazer cortes na despesa,

 

                   e fica uma dúvida. A GNR já sabe o que fazer em Timor. O Freitas já tratou do assunto?


publicado por AC às 22:34

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Quarta-feira, 7 de Junho de 2006

Globalização da ladroagem

A ladroagem não para de inventar novos meios de nos sacar o dinheiro. Vem isto a propósito da brilhante ideia do euro ladrão, digo, euro deputado Alain Lamassoure que quer taxar os SMS e os e-mails. Seriam apenas 1,5 cêntimos de euro por cada SMS e 0,00001 cêntimos de euro por cada e-mail.

 

Curiosa é justificação; “são minúcias, mas tendo em conta os biliões de transacções que se fazem por dia em todo o mundo, isto poderá gerar imensos lucros”

 

Este argumento é similar ao que um autarca aqui da terra me deu quando reclamei do IMI. Dizia-me ele; “o IMI é um imposto novo que foi criado para que as autarquias tivessem mais dinheiro.” Como se eu fizesse dinheiro nos fundos da garagem. Nem lhe passou pela cabeça que para as autarquias terem mais dinheiro, o povo que paga impostos, tem menos.

 

Mas, retomando a questão; ou seja, não há qualquer razão para tais impostos, tanto mais que os SMS já pagam IVA e os e-mails não têm qualquer custo para o estado. Como também não há qualquer valor acrescentado para o utilizador, falamos de roubo, puro e duro. No fundo, algo parecido ao imposto que pagamos às autarquias nas contas telefónicas; o direito de passagem!

 

Diz ainda este malfeitor “o dinheiro desta potencial taxa serviria, posteriormente, para financiar os fundos comuns da União Europeia, funcionando como impostos europeus.”

 

Ou seja, já não nos basta sermos diariamente assaltados pelos nossos próprios gatunos, passaríamos agora a ser vítimas dos criminosos europeus.

 

Felizmente que temos o mundial à porta e para o pessoal aqui do burgo, é mais importante saber a cor das cuecas do Ronaldo ou ir à apresentação do novo disco de uns miudecos que deveriam estar na escola, do que pensar nestas coisas, que até fazem mal à cabecinha dos pequenos.


publicado por AC às 22:50

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Segunda-feira, 5 de Junho de 2006

Em defesa do Luís

Venho hoje em defesa do Luís que não só, teve a genialidade de pensar comemorar o Dia Nacional do Cão, como a coragem de propor na AR a aprovação da tal data comemorativa.

 

Li um pouco por todo o lado opiniões desabonatórias à tua ideia. Não te preocupes Luís, é um velho hábito desta pátria; mal-amar os seus mais ilustres filhos. No fundo, estão roídos de inveja, por a iniciativa não ter sido sua.

 

Não compreenderam que já há meia dúzia de indivíduos que se preocupam com o povo, com a fome, a miséria, a solidão, o abandono e, nem sequer perceberam que o povo é gente e que gente tem alguma racionalidade (felizmente pouca e assim mantêm gajos como tu no poder) e por isso, pode sempre desenrascar-se. Agora os cães, como é que se poderiam desenrascar sem a tua iniciativa?

 

Pecaste apenas por não teres sido mais ambicioso. Poderias ter proposto a criação de uma fundação – a financiar com dinheiros retirados aos reformados (é uma coisa muito em voga por estes dias) que recebem mais de quarenta contos por mês e por isso vivem como verdadeiros nababos à conta do estado – que trataria de educar e alimentar os cães, principalmente os vadios.

 

Também não perceberam o alcance social e económico da tua iniciativa. Não fizeram contas e por isso não valorizaram os milhões de euros que seriam transaccionados em latinhas de comida Groumet, coleiras, escovas para o pelo, vitaminas, comedouros, banhos e massagens que seriam gastos em prendas para os nossos estimados cãezinhos.

 

És um português valente e interessado na tua pátria. Sempre preocupado com os mais desvalidos. Apenas a modéstia que te caracteriza, impediu que tivesses igualmente proposto a celebração do Dia Nacional do Idiota. Temeste que fosses o único homenageado. Mas não. Sossega Luís, porque tal data abarcaria os três ou quatro milhões de tugas que através do voto, vão colocando no poder as ilustres mentes que, como a tua, iluminam com o seu saber este nosso Portugal.

 

PS: Fodido, fodido contigo, está o meu melro. Diz que se farta de cantar para alegrar o país e tu vais propor celebrar o dia duns gajos que só cagam nos passeios!


publicado por AC às 13:30

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Quinta-feira, 1 de Junho de 2006

Os culpados

A senhora ministra da educação, ao atacar de forma vil e violenta os professores, atirando-lhes para cima o ónus do falhanço da educação em Portugal, mais não fez do que mostrar a sua própria má formação, provavelmente resultado da tal incompetência atribuída aos professores.

 

É mais um exemplo do tipo de governantes que admitimos. Demagogos, presunçosos, prepotentes e mal-educados.

 

Como em qualquer profissão, haverá professores competentes e motivados e, outros que não tendo qualquer vocação para ensinar, foi o que conseguiu arranjar para sobreviver.

 

Mas, ainda assim, a responsabilidade é apenas do ME que admite gente incapaz para a função e, nem sequer consegue identificar e substituir os incompetentes.

 

Responsabilizar no geral os professores, por um sistema de ensino que não produz resultados, quando a tutela não controla a função e muda constantemente as regras, é, no mínimo sacudir a água do capote ou seja, fuga para a frente. Da forma como foi feito, além de grosseira falta de educação, veio desresponsabilizar os frequentadores das escolas – muitos não vão lá para estudar – pelos seus resultados. A partir de agora, a culpa será sempre dos professores.

 

Ora eu diria, que a generalidade dos estudantes de hoje, não vai à escola para aprender. Vai porque é lá que estão os amigos, os namoros, mostrar a ultima novidade em telemóveis, ou os ténis da moda, ou bater nos colegas e professores, qualquer coisa que dê gozo e não trabalho. São gente que os pais, também fugindo ao seu dever, não conseguiram formar e muito menos educar, transferindo todas as responsabilidades, familiares, éticas, educacionais e sociais, para os professores.

 

É vê-los a caminho da escola. Uns matulões com ar de marginais, com pequenas mochilas metidas em costas de homens que já deveriam trabalhar, elas vestidas como se fossem a caminho da mais velha profissão do mundo, são estas as nossas crianças, que a senhora manhosa, perdão ministra, diz serem o resultado do mau ensino dos professores.

 

E há quem aplauda.


publicado por AC às 17:02

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Terça-feira, 30 de Maio de 2006

boletim clínico do dia

     e prontos, ‘stão encontrados os bodes expiatórios p’ró insucesso escolar. Enquanto a gandulagem rejubila porque já não precisa de estudar…,

 

…, parece que já ninguém leva a sério as ideias do primeiro, no que respeitas às grandes reformas estruturais para salvar o país…,

 

                         …, enquanto que o mudo de Belém, com o “curação” partido pela pobreza, está mais mudo que nunca. Teme-se que venha também a ficar surdo...,

   

      o resto da gandulagem, depois da bronca da páscoa, vai alterar o horário de trabalho para se poderem dedicar a coisas realmente importantes.


publicado por AC às 19:23

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Segunda-feira, 29 de Maio de 2006

Corrupção

Mais uma vez, Paulo Morais faz acusações graves, sobre a corrupção e o financiamento dos partidos e particulares que gravitam na sua orbita.

 

Um estado de direito, tiraria as devidas consequências. Aqui, nada se passará. Não é por mero acaso que ninguém é condenado em Portugal, faz 22 anos, por crime de corrupção. E não porque não exista. Apenas porque se tornou uma forma de ganhar a vida.


publicado por AC às 21:56

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Domingo, 28 de Maio de 2006

Não se passa nada,

                 os miúdos lá “bazaram”, e assim sempre ficam com mais tempo para irem fazer aqueles  penteados esquisitos…,

 

               o Marcelo continua a saber de tudo e de nada e um gajo tem de andar a mudar de canal para não atirar com a jarra ao televisor…,

 

             o governo continua a operação terrorista contra o inimigo, ou seja, nós …,

 

ninguém lhes parte os cornos…,       bom, evoluímos na continuidade.


publicado por AC às 22:13

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Sexta-feira, 26 de Maio de 2006

Só gente séria

Desde 1984, portanto há 22 anos, que, por razões políticas, ninguém é condenado, em Portugal, por crime de corrupção.

 

Eu, como pessoa de boa fé, só posso tirar uma ilação: Em Portugal não há corruptos.

 

Se não fosse esta minha fé, pensaria que a corrupção se generalizou de tal forma que se tornou uma forma de vida legal.


publicado por AC às 21:48

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Quinta-feira, 25 de Maio de 2006

Prémio, eu é que mando!

Pronto! Andaram os galos à bicada; mando eu! Não, eu é que mando! Perdão, quem manda sou eu… Não, eu é que sou educador dos putos! Mas eu é que mando!

 

Bastaram 3 horas de jogatina para pôr ordem na capoeira e cada um no seu lugar. O último!


publicado por AC às 22:30

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Segunda-feira, 22 de Maio de 2006

Falta-lhe a gola de segurança!

É com este patético argumento que os interessados no negócio dos combustíveis em Portugal, denunciam o que consideram ser concorrência desleal; a venda de gás espanhol em Portugal com um diferencial de preço de 40%, provavelmente distribuído no mercado espanhol pela mesma Galp que lidera o mercado nacional.

 

Sem dúvida que merecemos todas as calamidades que nos aconteçam. É que o gás em Espanha é considerado bem de primeira necessidade e taxado a 5%. Entende o nosso desgoverno que este produto, essencial para os Espanhóis, é um luxo para os portugueses, por isso, taxado a 21% que foi para isso que lhes demos maioria absoluta.

 

Os argumentos são uma obra de arte, dignos de quem aspira o cargo supremo de primeiro-ministro:

 

As garrafas não têm gola de segurança! Pergunto eu: Quantos acidentes aconteceram em Espanha devido à falta da tal gola de segurança?

 

O estado está a ser lesado em 2 milhões de euros de impostos (Iva e ISP). E os portugueses, em quanto estão a ser roubados?

 

As especificações estão escritas em Castelhano. E quem lê as especificações?

 

O gás (deles) é mais pobre.??? Aquece menos 40%?

 

A venda deste gás a preços 40% inferiores é considerada "dumping". Eu considero que vendido ao preço português, é roubo.

 

Quem assim argumenta, correndo o sério risco de se tornar num fenómeno do humor nacional, é o presidente da Apetro, Associação Portuguesa de Empresas Petrolíferas, que reúne os principais grupos económicos do sector que actuam no mercado português Agip, BP, Cepsa, Esso, Petrogal, Repsol, Shell e Total, por isso, estamos entendidos.

 

Não seria mais útil agir junto do governo para que este alterasse a classificação e reduzisse os impostos escandalosos que cobra sobre um bem de primeira necessidade, em vez de reclamar sobre os preços socialmente mais justos praticados em Espanha?

 

Uma ultima questão; a EU não tem como princípio fundamental a livre circulação de bens, pessoas e mercadorias?

 

Já agora, tristeza nacional: o jornalista introduz o assunto com esta pérola: “ 500 famílias que dependem directamente da venda de gás, só nas zonas de fronteira do norte de Portugal, correm o risco de falir e de serem lançadas para o desemprego”. Pensava eu que o problema se prendia com o diferencial de preços praticados em Espanha e Portugal, num mesmo produto, tanto mais que um dos grandes operadores no país vizinho e líder no mercado nacional. Pensando eu que haveria aqui uma questão de classificação entre o que são bens essenciais e outros, entre o poder de compra nos dois países, etc., mas não. Tenho muito que aprender!

..., entretanto

fez-se a mais bonita bandeira. Não nos faltava mais nada. As mulheres decidiram dar o apoio à selecção e ao governo, contribuindo assim para o que já é a alienação generalizada e o entretém de muitos portugueses. Passado o evento, os futebolistas terão o seu pecúlio aumentado e as mulherezinhas da bandeira estarão a contas com os trocos para pagar o aumentos das rendas.

 

....., e simultaneamente…, nasceu mais um grande benemérito!

 

 

Valentim distribui vales de compras aos mais pobres

 

A Câmara de Gondomar vai distribuir vales de compras, para usar em alimentos, nas mercearias locais, às mil famílias mais carenciadas do concelho. De acordo com o presidente da autarquia, Valentim Loureiro, as ajudas financeiras começarão a ser distribuídas em Julho. Até lá, os serviços da Câmara vão identificar os agregados familiares que entrarão no programa. As famílias receberão os vales, mensalmente, até ao final deste ano. O major prevê gastar, neste projecto, cerca de 250 mil euros.

…,

 

"O dinheiro [dos vales] terá de ser aplicado em bens alimentícios, para satisfazer problemas alimentares a crianças e a famílias que estão abaixo do limiar da pobreza", acrescentou o presidente da Câmara de Gondomar, garantindo "rigor na aplicação das verbas".

 

Serão transaccionáveis nas mercearias do major?

 

Esta classe política de merda não ganha vergonha no focinho?


publicado por AC às 14:11

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Quinta-feira, 18 de Maio de 2006

Até quando?

Temos efectivamente uma república socialista, pelo menos no que respeita a pagar. Quanto ao receber, é outra estória.

 

Este é o país, no qual os governos declararam guerra, não à miséria, ao mal-estar, ao analfabetismo, à pobreza, à corrupção, aos costumes, à imoralidade, à doença, mas, ao seu povo!

 

Trabalhamos a vida inteira para enriquecer meia dúzia de cabrões!


publicado por AC às 08:44

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Quarta-feira, 17 de Maio de 2006

Chega de papas e bolos

8 de Junho de 2006

 

Chega de papas e bolos. Vamos passar à acção. Dia de luta nacional.

 

Faço sacrifícios há mais de 50 anos com a promessa de um futuro melhor que nunca chegou. Os únicos que melhoraram o seu futuro, foi a classe política. Estão todos bem e recomendam-se.

 

Já não me preocupa o futuro das próximas gerações ou o prometido futuro de progresso e riqueza, em nome dos quais nos continuam a amargurar cada dia que passa. Quero o meu bem-estar, aqui e agora, antes de morrer.

 

Que se fodam, o futuro e os políticos. Após 40 anos de descontos para a SS, mudam-se as regras e, se por mero acaso viver até aos 65 anos, pode ser que venha a receber alguma coisa que ajude a pagar os medicamentos.

 

E os que agora começam a trabalhar? Obrigados a pagar uma prestação que nunca lhes será retribuída?

 

Quero o meu dinheiro de volta!

 

Que merda de país e, que merda de gente nós somos!


publicado por AC às 10:29

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Terça-feira, 16 de Maio de 2006

A solução final

O problema:

 

Os idosos são um problema para o país. Custam caro e já não produzem.

 

A solução:

 

Mantê-los a trabalhar o maior número de anos possível, arrecadando entretanto impostos e contribuições sociais obrigatórias.

 

Quando a doença os impedir de trabalhar, atribuir-lhes pensões de reforma cujo valor não lhes permita sequer comer.

 

Reduzir-lhes a assistência na doença e encarecer os tratamentos.

 

Hitler, teria ido apenas um pouquinho mais longe. Reduzi-los a cinzas para evitar despesas com o funeral.

E o fdp ainda se gaba!


publicado por AC às 00:02

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Quinta-feira, 11 de Maio de 2006

Uffff..., empreguito salvo a tempo!

O respeitinho é muito bonito. Ia o Manel Carrilho a começar a falar da corrupção e mordomias entre o pessoal da política, quando a dona Judite apressadamente muda de assunto.
 
Esta coisa do emprego ‘tá mesmo difícil!

publicado por AC às 21:35

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Terça-feira, 9 de Maio de 2006

Fátima, futebol, fado e telenovelas

O povo zangou-se porque já não há bilhetes para a final da taça de Portugal, em futebol. As televisões passam novelas dias inteiros. Parece que o pessoal ensandeceu com uma porcaria qualquer, penso que telenovela de seu nome qualquer coisa com morangos. Diz-se que são novos e velhos completamente alienados frente à televisão.
 
É preciso é alegria, porque tristezas não pagam dividas. Para que é que a gente paga aos políticos? Não é para eles se preocuparem com o desemprego que segundo parece, vai ultrapassar a média da EU? Com a saúde? É fechar os centros de cuidados porque a malta quer é morangos! Com o aumento da idade para a reforma? Quando aos 50 anos ficarem sem trabalho, têm 15 para ver os morangos sossegadamente! Com a diminuição do valor das pensões? Que se lixe, não se come e fica mais tempo para ver as telenovelas! Com a subida dos impostos? Eles é que sabem, desde que não decretem imposto sobre as telenovelas!
 
Pois é, parece que mudou pouca coisa. Do Fátima, futebol e fado do antigamente, temos o Fátima, futebol, telenovelas e fado de hoje! Abençoado povo.

publicado por AC às 17:46

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Segunda-feira, 8 de Maio de 2006

Primeiro atento

O nosso primeiro diz-se atento ao processo de despedimentos na Lear.

Como não é provavel que a sua atenção esteja virada para impedir o encerramento da xafarica, que se cuidem os trabalhadores. Manifestem-se em casa e baixinho pois caso contrário, ainda vêem chegar alguma força de intervenção que lhes mostrará, à bastonada, que o respeitinho é muito bonito e os donos daquela pôrra têm todo o direito de ir explorar mão de obra mais escrava do que a portuguesa para onde quiserem!

....

Um estudo qualquer, mais um, hoje divulgado, diz que em 2050 Portugal continuará na cauda da europa. Ou seja, o nosso horizonte de pobreza é de mais 44 anos. Depois o problema passa para os nossos filhos e netos. Para já, ficamos esclarecidos quanto ao futuro melhor prometido, em troca dos sacrifícios que mais este grupelho de aldrabões nos inflige. Fica para pensar se devemos continuar a enganar a barriga e a cabeça e fingir que acreditamos no que nos dizem os senhores funcionários do governo.

....

E por falar em funcionários do governo, informo o senhor Costa que em Fafe não faltam candidatos a juízes, seguramente mais baratos, rápidos e eficientes dos que os os sociólogos ou economistas de que fala. Acredite senhor ministro, se eles forem bons nas suas especialidades, não irão trabalhar numa profissão onde não há condições de trabalho e da qual nada percebem. Mas, a julgar pelo seu caso...

 


 


publicado por AC às 17:03

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Sexta-feira, 5 de Maio de 2006

Vamos esquecer?

O nosso amigo Fernando no seu A hora que há-de vir, trás à nossa curta memória o lamentável comportamento dos deputados em vésperas de Páscoa. E com todo o bom senso de quem tem consciência de que não é com gente desta que se faz um país, exige que estes sejam responsabilizados. Eu, que há muito não voto não posso estar mais de acordo. Aqui vos deixo o Fernando em discurso directo:
 
 
“Obviamente demitia-os!
 
Volto a insistir.

Não podemos ficar quietos, calados e deixar esquecer, o que se passou na sessão da Assembleia da República na sessão antes da Páscoa.

Como foi tornado público e não foi desmentido, houve uma fraude, de vinte e oito deputados, que assinaram o registo de presenças e não compareceram, em nenhum momento da sessão.

Isto significa que no dia anterior, assinaram a presença do dia seguinte. Estamos perante uma ilegalidade; a assinatura antecipada do livro de registo de presenças.
 
Mas, tudo indica que ao registarem uma presença antecipada, não o fizeram inocentemente, mas sim, com a intenção de ludibriar e manter os benefícios, de uma ausência prevista.
 
A ser verdade e não diviso outra explicação quanto a outro motivo, os deputados em causa, pretenderam enganar o Estado e receber todos os benefícios constituídos, através da mentira e da fraude, de uma presença/ausência.
 
À luz dos princípios da honestidade, da rectidão e confiança, que são devidos aos cidadãos e eleitores, não podemos aceitar esta tentativa de apropriação fraudulenta de benefícios que lhes é garantida, no exercício pleno das suas funções.
 
Este acto não pode desculpabilizar a debandada de outros deputados, mas não pode esconder a gravidade desta atitude, só pode merecer o mais profundo repúdio e nojo.
 
Em nome dos altos valores da democracia os deputados em causa, deveriam ser demitidos dos seus partidos e se tivessem vergonha, deveriam solicitar a recusa do lugar de deputado.
 
Deixo aqui um apelo a toda a blogosfera: não deixem cair esta aldrabice, denunciem-na, façam-na circular, estabeleçam uma corrente de denúncia por todo o sítio. Exigimos acções e saber a lista dos nomes dos deputados que assinaram a presença e não puseram lá os pés.
 
Entre os que faltaram à votação (79) - assinaram o livro de presença, mas não estiveram no hemiciclo até ao final da sessão - ou os que nem passaram pelo Parlamento (28) e aqueles que estiveram em Missão ao Estrangeiro (13), os serviços da Assembleia registaram a ausência de 120 parlamentares, menos dos que os 116 necessários para que possa existir deliberação.”

publicado por AC às 22:48

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Terça-feira, 2 de Maio de 2006

Disse..., reformas?

Ora, segundo o ministro Vieira, em entrevista ao Diário Económico com as novas regras para a aposentação, “os novos trabalhadores só se reformam aos 66 anos e oito meses”.
 
Presumo que “novos trabalhadores” serão os que agora começam a contribuir para a S. Social, pelo que o senhor estará a falar de pensões de reforma a longo prazo, 40 a 45 anos. Lá para o ano 2050.
 
Como se, a precariedade do trabalho não seja uma realidade crescente, um meio para as empresas limitarem ou, evitarem mesmo, qualquer vínculo duradouro com os empregados. Ou seja, descontinuidade do trabalho e, por conseguinte, a mesma descontinuidade nas contribuições para o sistema.
 
Como se, as empresas se venham a transformar em gigantescos lares de idosos, com forças de trabalho constituídas por equipas de velhos com 65 anos de idade. Isto quando, actualmente, as empresas já se estão a livrar dos trabalhadores com mais de 50 anos, criando-lhes situações insustentáveis que acabam invariavelmente num acordo manhoso para estes saírem.
 
Ou seja, como se o mundo do trabalho viesse a permanecer imutável e a SS pudesse continuar a arrecadar 35% sobres os salários.
 
O que os senhores Vieira e Sócrates estão a fazer, em vez de assumirem claramente que não vai haver pensões de reforma para o povo em geral e assim poderem continuar a extorquir 35% a trabalhadores e empregadores, é criarem artifícios de entretenimento até que a natural evolução social se encarregue de resolver a questão.
 
Seria bem mais sério dizer aos novos trabalhadores que nada têm a contribuir para a SS e que nada poderão pedir ao estado. Ficariam estes mais bem entregues a si mesmo do que a este estado.

publicado por AC às 23:40

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A revolta dos ricos

Sérgio de Andrade,  no JN:
 
Não há dúvidas de que este Governo anda a esforçar-se por conseguir o dinheiro de que precisa e de que não vai, apenas, buscá-lo à fonte habitual, isto é, aos chamados remediados. Assim, vem pressionando os grandes devedores e não hesita em ir-lhes às contas bancárias e aos imóveis, além de que ameaça de que dará a conhecer, na praça pública, os nomes dos relapsos e avisa de que quem tem carros de luxo e não paga o que deve bem pode ir pensando em viajar de autocarro.
 
Porém, estas medidas radicais ainda não chegam - além de que há que levar em linha de conta o facto de um pequeno sector da população já andar a gritar "Estamos fartos de sermos nós, os ricos, a pagar a crise! Então e os outros?".
 
E foi assim que, algures no seio do Governo, um qualquer iluminado se lembrou de nada menos de 800 mil cidadãos de que ninguém se lembrara ainda. Ou seja, os reformados que ganham qualquer coisa como 153 contos por mês, o que, como sabemos, é uma quantia a que nenhum fisco pode fechar os olhos.
 
Para chamar esses 8% de portugueses à honrosa tarefa de auxiliar a baixar o défice nacional, o Governo fez uma coisa chamada redução da dedução específica, que suponho ser o valor mínimo de que um português precisa para não morrer de fome, não se transformar num sem-abrigo ou desistir de ir à farmácia. Estou a falar de 150 contos, que, como sabemos, é uma quantia assaz generosa, nos tempos que correm. A partir daí, os reformados passam a pagar IRS, porque, bem vistas as coisas, mais 15 contos/mês já era dinheiro para gastar mal gasto.
 
Assim, o Governo pensa encaixar mais 26 milhões em 2006. E aqui o que está em jogo não é a quantia em si; é a justiça que finalmente se fez aos pobres dos ricos que andavam a ser tão perseguidos pelo Fisco.
 
A partir de agora, e graças a um Governo socialista que sabe gerir bem as suas preocupações de justiça social, os reformados, esses autênticos nababos que auferem mais de 150 contos/mês, vão passar a sentir como elas doem. É, autenticamente, a vitória da revolta dos ricos!

publicado por AC às 21:39

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Ainda o 1º de Maio

O post anterior “Folclore de Maio”, foi comentado por um anónimo que torna claro o enquadramento do movimento sindical. Com os meus agradecimentos por este contributo, publico seguidamente o referido comentário pois vale a pena toda a visibilidade que se lhe possa dar.
 
“É verdade estas acções estão a tornar-se um ritual e podiam ser mais do que uma celebração deste heróico dia. Os sindicatos e os sindicalistas estão desacreditados e acomodados. Hoje na sua maioria são uns burocratas, para esta ocasiões, ou para cumprir um papel partidário. Uma ou outra acção são meras acções conjunturais para mostrarem que existem. E lá estão sempre os mesmos: Os dirigentes de sempre, os delegados sindicais de sempre, os funcionários do partido de sempre, e os trabalhadores, carne para canhão de sempre. Uma tristeza. Mas a verdade é que nós pouco fazemos para mudar. Também não é fácil, a máquina está "fechada" para ninguém entrar. Mas falta participação, falta esforço para mudar, falta determinação para o combate, é mais fácil dizer mal. Um amigo meu, dirigente sindical está farto. Quer sair, mas também não vê ninguém, ninguém se aproxima... Ele diz que os dirigentes sindicais, todos juntos e espremidos, não dão mais que um ou dois bons sindicalistas. Mas quem quer ser sindicalista, quem é activista sindical? Quem quer ser dirigente sindical? Onde querem e quem quer também está impedido. O cerco da máquina partidária ou sindical abafa tudo. É uma tristeza e lamentável. A grande verdade é que hoje a carreira profissional está primeiro. Tudo poderia ser diferente se o processo de renovação se desse pacifica e livremente, sem interferência politica e partidárias, sem querer controlar a máquina, escolhendo os mais preparados, mais disponíveis em cada momento e por períodos curtos.”

publicado por AC às 19:59

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Segunda-feira, 1 de Maio de 2006

Folclore de Maio

Cumpriu-se mais um dia de folclore. O povo, ordeiramente, desfilou avenida abaixo, entoando as velhas palavras de ordem. Em luta por um emprego de melhor qualidade, dizem os dirigentes sindicais. Isto num país onde encontrar um trabalho qualquer é uma sorte, soa a piada.
 
Amanhã, tudo continuará como antes. Trabalho cada vez mais precário, salários miseráveis, novos despedimentos, reformas de pobreza uns dias antes da morte…
 
As centrais sindicais terão cumprido o seu papel e a consciência restará tranquila até ao próximo 1º de Maio. Estes dirigentes sindicais, tão velhos quanto a nossa democracia, são apenas a outra face do poder que nos conduziu ao atoleiro onde nos encontramos. Devo dizer que por vezes, tenho até alguma dificuldade em diferenciar as organizações sindicais das patronais. No fim de contas, os sindicatos vivem dos mesmos que enriquecem o patronato e os políticos: os trabalhadores.
 
A sua noção de contestação, de defesa dos trabalhadores é, no mínimo, hipócrita. Lembrem-me por favor, nos últimos 15 anos, que medidas lesivas dos interesses dos trabalhadores foram alteradas por motivo de contestação na rua organizada por qualquer das centrais sindicais?
 
Será que os senhores Proença e Carvalho não aprenderam nada com os franceses na contestação que estes fizeram à lei do primeiro emprego? Será que estão mesmo convencidos que as suas ordeiras manifestações têm qualquer efeito, ou que alguém as tem em conta?
 
Ou, tal como os políticos, estão-se apenas borrifando para nós?

publicado por AC às 21:39

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Sábado, 29 de Abril de 2006

Um dia perde-se a paciência

A propósito deste post, fiz o comentário seguinte:

Sabes o que digo? Destes gajos eu espero qualquer coisa. São vendedores de banha da cobra que não sabendo fazer nada que acrescente valor ao país, vão ganhando o pão (e também a manteiga) de cada dia a aldrabar um povo por inteiro, sem qualquer réstia de vergonha no focinho.

 

Assim este chorrilho de mentiras, este saque aos dinheiros públicos a que assistimos, o aumento diário do custo de vida, o crescimento do desemprego, os salários de merda que recebemos, o comprarmos tudo a preços europeus e ganharmos a níveis do terceiro mundo, as benesses dos fisco à banca, aos amigos como o Carrapatoso, - enquanto o cidadão comum vê a enxerga penhorada sem prévio aviso -  os empregos de luxo aos compadres como o Constâncio que consegue ganhar mais neste pobre país do que o seu homólogo dos Estados Unidos, as reformas miseráveis do regime geral, cada vez mais longínquas, comparadas às listas intermináveis de reformados da administração pública cujos montantes são ofensivos e para as quais o tempo de permanência na função – já não digo no trabalho - conta a dobrar, os cortes nas comparticipações dos medicamentos, etc., etc.

 

Estes são os gajos que apesar de se manterem no poder há 30 anos nos falam da desgraça do país como se tivesse sido eu ou tu que desbaratámos os biliões dos fundos comunitários em cimento e alcatrão, em cursos de formação profissional fantasmas, em montes no Alentejo, em jeeps de topo de gama, em jogatinas de futebol, enquanto eu trabalhava por um salário e pagava religiosamente os impostos que me exigiam. Como se não tivessem sido eles que gastaram sem fazer contas, que desbarataram milhões em obras de fachada que venderam todo o património público e que hoje, enquanto nos dizem que reformas não há, continuam a gastar o dinheiro que já não existe em megalomanias como os Ota e TGV.

 

Mas, o que verdadeiramente me dói é pertencer a este povo alienado e imbecil que não tem consciência da degradação a que chegou a sua vida, que é vilmente roubado, chantageado e desprezado por energúmenos cuja arte é a de contar estórias enquanto se rebolam de gozo, luxos e acautelam a sua vidinha, escondendo a salvo no estrangeiro o pecúlio que lhes há-de garantir uma vida farta e livre de preocupações. Este povo, que eleição após eleição lá vai estupidamente engravatado cumprir o dever cívico de votar nestes aldrabões, convicto de que agora é que vai ser bom, agora é que tudo vai mudar, dando vivas e vitórias a Cavacos, Guterres, Santanas, Loureiros, Isaltinos, Fátimas, Durões, Soares, Sócrates e outros que pelos seus feitos já nem me vêm à memória.

 

O único ponto em que têm razão é no facto de não serem eles os responsáveis. Verdadeiramente, os únicos responsáveis somos nós por não sabermos escolher quem realmente nos governe.

 

Sabes que mais? Foda-se!


publicado por AC às 01:15

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Sexta-feira, 28 de Abril de 2006

O trabalho dá saúde

O tal Ministro duma Merda Qualquer Vieira, anunciou que o governo pensa criar um tecto para as reformas, que poderá ser ao nível do ordenado de ministro. No entanto, em termos de contribuição, os Zés continuarão as descontar 11% sobre o montante total das suas retribuições. Ou seja, o tecto só é válido para receber. Para pagar é sempre aviar!

 

Ficam livres os idiotas para trabalharem para além dos 65 anos, porque o trabalho é um direito!

 

Aproveita ainda para reforçar a nossa rotulada burrice ao insistir na taxa de 11%. Esquece os 23% pagos à Segurança Social pelos empregadores que saem direitinhos dos salários.

 

É que cada contribuinte remete para o sistema 34% do seu salário e não 11%!

 

Também seria útil que o governo revelasse quantas empresas pensam manter nos seus quadros trabalhadores com estas idades. Sempre nos deixaria mais descansados.

 

Ainda não está na hora dos amukinar!


publicado por AC às 00:01

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Quinta-feira, 27 de Abril de 2006

Fazem favor

de ler este post [Link] no Anarca Constipado.


publicado por AC às 21:40

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Terça-feira, 25 de Abril de 2006

Saberemos pagar-lhes

Os meus visitantes habituais sabem o que penso desta gentalha que, nos últimos anos, tomou as rédeas do poder político. Não estaria ou, não estará em causa a democracia, mas e somente, estes políticos de pacotilha que destroem os nossos sonhos, as nossas esperanças, a nossa vida, a nossa economia, o nosso país.

 

Os funcionários públicos, contratados e pagos pelo povo, que desempenham funções na Assembleia da República, com o estatuto de deputados, deram agora em mostrar, sem disfarce ou receio, o seu verdadeiro carácter. Depois de terem faltado ao trabalho, antecipando para si o fim-de-semana alargado da Páscoa, não se coibindo de marcar o ponto e portanto, recebem a jorna como se lá tivessem estado, depois do insulto que foi a defesa que de si fizeram no programa da RPT – O estado da nação – recusaram hoje na AR os funcionários empregados por parte do PP e PSD, aplaudir a saudação feita pelo presidente da AR aos Capitães de Abril.

 

Percebe-se assim que o inqualificável senhor da ilha, afinal não está só e que por cá tem muitos seguidores.

 

O povo emprega indivíduos destes por ignorância ou por engano. Mas saberá seguramente corrigir tanto a sua ignorância como os seus erros.


publicado por AC às 17:54

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Segunda-feira, 24 de Abril de 2006

25 de Abril

.

.

Eu Vim de Longe


José Mário Branco

Quando o avião aqui chegou
Quando o mês de maio começou
Eu olhei para ti
Então entendi
Foi um sonho mau que já passou
Foi um mau bocado que acabou

Tinha esta viola numa mão
Uma flor vermelha n´outra mão
Tinha um grande amor
Marcado pela dor
E quando a fronteira me abraçou
Foi esta bagagem que encontrou

Eu vim de longe
De muito longe
O que eu andei p´ra´qui chegar
Eu vou p´ra longe
P´ra muito longe
Onde nos vamos encontrar
Com o que temos p´ra nos dar

E então olhei à minha volta
Vi tanta esperança andar à solta
Que não exitei
E os hinos cantei
Foram feitos do meu coração
Feitos de alegria e de paixão

Quando a nossa festa s´estragou
E o mês de novembro se vingou
Eu olhei p´ra ti
E então entendi
Foi um sonho lindo que acabou
Houve aqui alguém que se enganou

Tinha esta viola numa mão
Coisas começadas noutra mão
Tinha um grande amor
Marcado pela dor
E quando a espingarda se virou
Foi p´ra esta força que apontou


publicado por AC às 18:24

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Sexta-feira, 21 de Abril de 2006

Cretinices

Não fora o clima generalizado de indignação face ao comportamento dos deputados e o programa Estado da Nação de ontem teria sido um óptimo ensaio de humor. Negro provavelmente.

 

O baldanço ao trabalho foi um inaceitável acto de imoralidade, irresponsabilidade e desrespeito pelo povo português. O que os deputados presentes no programa referido disseram, ultrapassa as regras mais elementares do senso comum e mostrou ao país o que e quem são verdadeiramente, estes senhores que vivem à conta do erário público.

 

Quando o senhor Pires de Lima, jocosamente sugeria que se deveria aplicar uma pulseira electrónica aos deputados, devo dizer-lhe que estou completamente de acordo. Certamente alguns dos senhores deveriam usar a dita e não pelas razões de falta injustificada ao trabalho.

 

O parlamento já não representa o povo português, nem os eleitos têm qualquer preocupação relativamente aos seus eleitores. A maioria dos senhores não abre a boca legislatura após legislatura. A sua função parlamentar limita-se a votar de acordo com as orientações do partido que representa. O povo será novamente lembrado quando se for a votos outra vez.

Não há mais paciência para aturar cretinices.


publicado por AC às 20:16

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Segunda-feira, 17 de Abril de 2006

Ingratos

Anda o nosso primeiro esfalfado a modernizar o país, cego pelas luzes dos eventos mediáticos que organiza – e que custam um balúrdio - para nos apresentar as soluções para os nossos problemas e vêm agora estes ingratos da Porcalhota dizerem que o suor intelectual do estimado é insuficiente!

 

Há gajos que não merecem nada!

 

Confirmem-me por favor que esta gentinha faz estas cenas só para aparecer na televisão. Como aquele não sei o quê que veio dizer que o governo poderia baixar a taxa de alcool permitida.

É que se me vão dizer que não, que somos mesmo assim, vou de abalada.



publicado por AC às 23:00

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P'ra começar a semana

Os senhores deputados voltam hoje ao remanso depois de se terem afadigado em trabalho político lá p’ras praias algarvias...,

 

entretanto, o esforçado país consegue finalmente um lugar honroso entre os primeiros…,

 

enquanto “Jessica e Ivo falavam sem tirar os olhos do chão. Vasculhavam algo que pudessem levar como recordação. Um agarra num pacote de lenços de papel, outro recolhe folhetos da peça "Les garçons", onde Francisco Adam aparece e que esteve em cena em Ponte de Lima. Acreditam que os folhetos estariam no carro.”

 

velhada arrasta-se não se sabe bem a fazer o quê….,

 

o milagre acontece..., parece que o mudo de Belém vai falar lá pró fim do mês…,

 

é impressão minha, ou..., ‘tamos mesmo fudidos…


publicado por AC às 07:17

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Sexta-feira, 14 de Abril de 2006

Desenfiados

O desenfianço ao trabalho, que os senhores deputados, representantes do povo que os elege, consumaram é bem revelador do estado a que o país, a começar pelas instituições, chegou.

 

Sendo a Assembleia da República, uma instituição da qual se esperaria a maior licitude, transparência, honestidade e exemplo de dignidade e decoro, constatamos que afinal, os seus constituintes, são apenas gentinha que clama: façam o que eu digo, não o que faço.

 

É deveras lamentável que os deputados eleitos ajam como vulgares empregados de mercearia (sem ofensa para estes) que à primeira oportunidade se baldam ao trabalho, não se dispensando de assinar o ponto, e assim garantir o recebimento do salário e respectivas alcavalas.

 

Mais lamentável ainda é que as direcções partidárias saiam a público em defesa dos faltosos. Afinal o que está mal é marcarem-se votações para dias sensíveis. Não há ponta de vergonha, ética ou dignidade. Depois dos exemplos com que o parlamento madeirense nos tem brindado, faltava o parlamento português envergonhar Portugal.

 

Não me surpreende, já que há muito considero que esta gente da política apenas é relevante para si mesmo. Para o país, só não são totalmente irrelevantes porque significam despesas, maus exemplos e são, em muitos casos, o único impedimento ao progresso do país.


publicado por AC às 10:21

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Quarta-feira, 12 de Abril de 2006

Será a República uma Monarquia?

Pedro Rolo Duarte, no DN...,

Ocorreu-me esta pergunta há um mês, quando assisti à gigantesca e encenada operação de tomada de posse do Presidente da República (escusam de me entupir a caixa de correio com mails a explicar as diferenças entre Monarquia e República - a pergunta é retórica e tem um ponto de vista puramente simbólico).


Na verdade, a tomada de posse de Cavaco Silva esteve mais próxima da coroação de um rei do que de um acto formal, absolutamente corriqueiro em democracia. Tratava-se de uma posse curricular - mas a própria cobertura televisiva a transformou numa gala real.

 

Aqui há dias, ao ver o Presidente e a mulher no Hospital da Estefânia, trocando palavras de circunstância com doentes e profissionais de saúde, revi a Princesa Diana nos inúmeros hospitais por onde espalhou o seu sorriso. Numa revista social vejo Maria Cavaco Silva no Palácio de Belém rodeada pelos seus alunos da Universidade Católica e as imagens não são diferentes daquelas que mostram regularmente reis, rainhas e princesas de toda a Europa.

 

Ou seja, nos três momentos que observei o que releva das imagens é exactamente uma aproximação aos modelos, modos de estar e posturas que as monarquias europeias têm vindo a adoptar.

 

Já se sentia essa carga com Mário Soares e depois com Jorge Sampaio, mas em ambos os casos era óbvio algum amadorismo na forma de lidar com as novas realidades mediáticas. Agora, com o novo Presidente, profissionaliza-se a atitude e parece que fica definida, de uma vez por todas, a carga simbólica do Presidente, e esta mistura do melhor de dois mundos: democracia plena, a eleição directa, os direitos e poderes do Presidente, de um lado; e do outro lado, a postura majestosa, o peso do protocolo, a atitude simbólica nos actos públicos.

 

Nas ruas, teremos um Rei e uma Rainha, como o povo deseja e gosta de ver, de preferência com as melhores jóias, como a rainha de Inglaterra defendia dentro das quatro paredes do Palácio de Belém, teremos um político profissional e uma primeira-dama que já confessou que está, dentro de casa, de "olho mais atento para as coisas que estão a precisar de obras". Um animado convívio entre dois regimes. E viveram felizes para sempre...


publicado por AC às 21:00

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Segunda-feira, 10 de Abril de 2006

Um dia igual a ontem

O Correio da Manhã noticia hoje que os portugueses estão satisfeitos com o governo do José. “Ao fim de 13 meses de governação, aumenta a confiança dos portugueses na actuação do Executivo de José Sócrates. O que significa que o Governo não está a acusar desgaste com as medidas anunciadas

 

Diz então que para 39,5% dos inquiridos as expectativas no governo não se alteraram e que destes, 18,3% estão mesmo surpreendidos pela positiva. Diz que 38% estão desiludidos e estes 38% têm idades compreendidas entre 30 e 44 anos e estão empregados. Os que vêm tudo igual ao que esperavam têm entre 18 e 29 anos. A abstenção continua a subir e está agora nos 39,2%.

 

Ou seja, se as eleições fossem hoje, o PS ganharia com 37,8%, o PSD teria 34,2% e a abstenção teria 39,2%.

 

A conclusão do jornal é que os portugueses estão satisfeitos! Entende-se que a abstenção não é um veemente protesto dos eleitores.

 

Li algures que; é mais culto o Homem que não lê, do que aquele que só lê jornais.

 


 

O mesmo jornal faz manchete de que” o Grupo de Trabalho nomeado pelo ministro das Finanças para reavaliar a aplicação dos benefícios fiscais recomenda que sejam abolidos os benefícios de que gozam as contas poupança-reformados”.

 

Cómicas são as justificações: “considerando o nível das taxas de juro actualmente praticado nos depósitos a prazo e o valor máximo de capital a considerar para efeitos do benefício (10 500 euros), os efeitos daquele benefício são muito reduzidos”.

 

Como se as poupanças reformas se destinassem exclusivamente a criar riqueza e não se tratasse de um pé de meia para enfrentar a velhice num país cujo sistema de segurança social é uma fraude que nos obriga a contribuir para a mesma e não dá garantia de nos cuidar quando mais precisamos.

 

“Quem tem pensões que permitam fazer investimentos em contas poupança também pode pagar os impostos correspondentes. Esta é a opinião partilhada pelo fiscalista Rogério Fernandes Ferreira e pelo coordenador do Movimento Democrático de Reformados e Pensionistas (MODERP), Manuel Jerónimo”.

 

Lamentável. Ainda temos gente cujo horizonte é alinhar tudo pela mais baixa miséria. Somos gente estranha. Idiotas, será o termo certo?

 


 

“A questão é que se vai tornar administrativa uma informação que tem vocação judicial e se destina à investigação criminal. E se estamos a torná-la administrativa, estamos a perder potencialidade no combate ao crime. Se aliarmos a isso o foro espacial para crimes praticados por titulares de cargos políticos, podemos encontrar-nos numa situação quase de países da América Latina em que há razões de Estado que travam e limitam as investigações criminais. E isso é inaceitável.”

 

Excerto de uma entrevista da Drª. Maria José Morgado a ler na íntegra [Aqui]

 

César de Saussure, viajante Suíço, visitou Portugal em 1730. Assim viu os Portugueses: “Excessivamente orgulhosos e presumidos, completamente ignorantes”

 

 


 


publicado por AC às 23:21

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Sexta-feira, 7 de Abril de 2006

Corrupto! Quem?

Euclides Dâmaso, Director do DIAP de Coimbra, afirma que, " em Portugal a corrupção progride e intercepta cada vez mais níveis diversos da administração e do aparelho de estado".


Não sendo nada que não saibamos, é mais uma achega para se perceber a pressa e a determinação do poder político em desmantelar as instituições policiais e da justiça.


Estranha é a passividade com que assistimos a tudo isto. Como se estivesse a passar do outro lado do mundo e em nada nos pudesse afectar.


publicado por AC às 22:46

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Quinta-feira, 6 de Abril de 2006

Dias movimentados

Está mal! Já não se pode fazer bem à gente amiga!

Mexeu-se! E terá falado?


publicado por AC às 18:58

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Quarta-feira, 5 de Abril de 2006

É o que temos

Esta trapalhada entre o governo e a PJ esclarece-nos sobre o carácter desta gentinha que faz a sua vida nos meandros da política e, sobretudo, deve preocupar o cidadão comum relativamente ao futuro que teremos se nada for feito para pôr esta gente no seu lugar.

 

Chega a ser patética toda esta embrulhada, parece que entre os Costas, um que quer ter todo o poder, outro que não consegue ter poder nenhum e que se desdobram em acções de guerrilha das quais as primeiras vítimas são os funcionários que estão na sua dependência, as segundas, todos nós que pagamos e não bufamos. Pelo caminho, arrasam-se instituições como a PJ, considerada uma das melhores do mundo.

 

O senhor Costa - o da justiça, - deverá rever a entrevista que deu a afirmar que foi ele quem demitiu o director nacional antes que o dito apresentasse a sua demissão. Se ainda lhe resta alguma lucidez, pode ser que constate o ridículo da mesma e não se volte a prestar a tal papel.

 

De toda esta sujidade, emerge um novo director nacional que se declara avesso a escutas telefónicas, coisa que, vá-se lá saber porquê, tanto preocupa o poder político.

 

Entretanto, todos vamos ficando mais fragilizados e pobres.


publicado por AC às 10:45

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Terça-feira, 4 de Abril de 2006

A força da maioria

Vejam o retrato do país [Aqui]. Vale tudo, excepto ser honesto! Mas, para se compreender a elevação moral do caso, é imprescindível ver os coments! Um achado.

publicado por AC às 12:18

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Segunda-feira, 3 de Abril de 2006

Quem se atravessa...

Este é um governo de gente pequena, mesquinha e rancorosa, que usando do seu impune poder, dado pelo povo, certamente por engano, castigam quem, mesmo em legítima defesa de interesses nacionais, se atravesse no caminho dos seus inconfessáveis objectivos. Citando Jorge Coelho: “Quem se mete com o PS leva”. Espero que o povo aprenda e saiba mostrar a esta gentalha quem realmente é soberano nesta democracia bizarra.

publicado por AC às 20:43

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O que realmente importa

Não fosse certa imprensa e um homem andava sem saber o que realmente importa!


publicado por AC às 18:20

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Sexta-feira, 31 de Março de 2006

Bom fim-de-semana

Porque hoje é sexta-feira e vamos de fim-de-semana, e porque o senhor Cavaco emudeceu e nada tem a dizer aos Portugueses, correndo o risco dos mesmos se esquecerem dele, o que seria bem feito porque ele também se esqueceu de nós!

 

O país progride serenamente em velocidade de cruzeiro, nada se passando que mereça um reparo ou uma explicação.

 

Não consigo descartar esta minha ideia de que o PR não serve para nada, excepto para nos gastar 6 milhões de contos/ano e distribuir medalhas e, ainda assim, teimamos em ter um. Luxos de pobres.

 

Lembrei-me que o senhor Sampaio, no seu delírio medelhativo se esqueceu imperdoavelmente de um grande português. Um homem que toda a sua vida se tem batido por elevar o turismo português e particularmente o algarvio, trabalhando afincadamente para manter a região entre as preferidas pelas estrangeiras; o Zézé Camarinha. Pôrra que é imperdoável! É de uma ingratidão ingrata! Nem o título nobiliárquico de Montanelas, criado precisamente para agradecer estes serviços!

 

Áh, uma coisa sem importância: o Freitas voltou do Canadá e esclareceu-nos quanto aos resultados da sua diligência; e eu tive a vergonha que ele, parece não ter tido.

 


publicado por AC às 21:24

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Quinta-feira, 30 de Março de 2006

Cabalas

Dizem por aí que a iniciativa do governo para retirar poderes à PJ se deve ao facto desta instituição ter efectuado escutas no âmbito do processo Braga Parques muito comprometedoras para o PS.

 

Claro que não acreditamos numa coisa destas. Jamais os senhores, eleitos com maioria absoluta e que tantas medidas embora lesivas dos interesses dos cidadãos mas, a bem de si e do país, têm tomado, pensariam tal coisa.

 

Também não acreditamos que a ideia de criar um organismo de controlo da informação junto do primeiro-ministro seja verídica. Afinal de contas, este governo só quer o bem do povo e não sonegaria à PJ a informação necessária à investigação, mesmo que de políticos se tratasse. Nem o nosso estimado primeiro é polícia, não é?

 

De qualquer forma, parece que governo e polícia já se entenderam. De imediato ganhou a polícia mas, conhecendo o fervor com que este governo defende os interesses do povo, esta que se cuide e olhe para o orçamento.

 

Mas tudo isto deverá ser simplesmente má-língua, não?

 

Além de que, não valeria a pena retirar competência à PJ. Afinal de contas a instituição já não pode funcionar.

 

Ou será o Simplex já em pleno funcionamento? Para facilitar a livre iniciativa à ladroagem, acaba-se com as polícias.

 

PS: porque será que não me sai da cabeça aquela frase do Coelhone; “quem se mete com o PS leva”?


publicado por AC às 23:36

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O tarifário da Netcabo

Li algures que a netcabo pratica diferentes preços em função da reclamação do cliente, ou seja, se o cliente não reclama, mantém o preço, se reclama, baixa o dito.

Como não sei onde li sobre o assunto, se algum dos meus visitantes souber algo, queira deixar nota.

 


publicado por AC às 12:41

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Terça-feira, 28 de Março de 2006

O meu quintal é uma região

Afinal, segundo o engenheiro, todas as medidas que o governo vai anunciando estavam inscritas no programa eleitoral. Mais uma vez se prova que o governo é bom. Nós é que somos um mau povo que nem sequer lê o tal programa.

 

Por isso este ditoso governo avança em força com a regionalização, assunto prioritário, já que isto é um país de imbecis que recusou a dita, sendo este um elenco de iluminados castiços, p’ra frente é que é caminho e os boys estão impacientes.

 

E perante o facto consumado, agende-se um referendo lá p’ras calendas, porque nessa altura, o resultado da vontade do gado, será o que menos importa.

 

Claro que a regionalização, bem como todas as medidas que os senhores têm tomado estavam no programa, nós é que com as dificuldades que temos na interpretação da língua materna, não atingimos que quando um iluminado fala em modernização, estão declarados todos e quaisquer actos de que no futuro o dito senhor se lembre.

 

E nem vale a pena ler estes programas com a desconfiança com que se lê um contrato de seguros. Aqui, a letra é muito mais pequena e qualquer semelhança entre o que está escrito e o que significa, é pura ficção.

 

Sendo este um assunto tão importante que já foi referendado e propondo-se o governo a avançar contra a vontade declarada do povo, é impressão minha ou o senhor Cavaco deveria dizer alguma coisa?


publicado por AC às 07:55

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Segunda-feira, 27 de Março de 2006

O país

O ministro Alberto Costa ficará na História (resta saber em que género de História) pelo desassombro com que está a pôr em prática, na parte que lhe toca, o sonho inconfessado de todos os políticos; um país para eles e outro para o resto dos cidadãos.

 

Depois da operação "Contra as corporações, marchar, marchar", chegou a vez, com a reforma penal, da operação "Um país, dois sistemas", espécie de orwelliano "Triunfo dos porcos" judiciário: todos os cidadãos são iguais perante a lei, mas uns são mais iguais que outros.

 

Já se sabia que um dos privilégios da corporação dos políticos será o de não ser escutada senão com autorização de um tribunal superior, enquanto para mandar escutar um cidadão comum bastará um comum juiz de 1ª instância. (E se um juiz de 1ª instância autorizar uma escuta a um comum cidadão corruptor e este for apanhado a corromper um político? Servirá a escuta para condenar o corruptor mas não o corrupto?) Soube-se agora - se o leitor não acredita consulte o projecto de novo Código Penal - que, se mesmo assim um político corrupto vier, por milagre, a ser condenado, não será preso. O pior que lhe poderá acontecer é ser, demitido. Fátima Felgueiras tinha, como se vê, boas razões para voltar do Brasil.

 

In Jornal de Notícias de 27/03/2006


publicado por AC às 18:40

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Quinta-feira, 23 de Março de 2006

P'ra desanuviar

Começou a música e o bêbado levantou-se. Cambaleante dirigiu-se a uma senhora de preto e pediu:

Hic..., Madame! Dá-me o prazer desta dança?

Ao que a madame respondeu:

Não, e por quatro motivos:                                                     
Primeiro…, o senhor está bêbado!

Segundo..., isto é um velório!

Terceiro…, não se dança o Pai Nosso!

E quarto…, "Madame" é a puta que o pariu. Eu sou o  padre!


publicado por AC às 23:53

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Quarta-feira, 22 de Março de 2006

...

A imoralidade não tem limites ou pudor. Definitivamente, imposto é coisa para pobre. Este senhor, empocha assim mais 740.000 euros e ainda se ri. Certamente dos parvos que tiram à barriga para sua e engorda do estado.

 

Pergunta: Qual a responsabilidade do senhor Directo Geral dos Impostos que é pago a peso de ouro para espoliar ricos e pobres? Mandar dividir e cobrar os 740 mil que o senhor abichanou, aos pobres para mostrar à criadagem que com a autoridade do estado não se brinca?

 

Hoje é igualmente notícia que o PSD Madeira acaba com as comemorações do 25 de Abril. Ora isto é uma responsabilidade do ido doutor Sampaio, que no afã e com o sentido de estado que se lhe reconheceu, quando entregou, com pompa, circunstância e grande empenho democrático, os dois palmos de terra portuguesa de Timor aos Timorenses e de Macau à China, certamente e por lapso se esqueceu de entregar aos respectivos residentes os Açores, a Madeira e as Berlengas.

 

Como todos os outros, a quem os sucessivos desgovernos concederam a independência, também estes povos querem ser independentes. É uma forma de fugirem daqui. Por isso e por uma questão de coerência, dê-se-lhes a dita.

 

O que não se admite é que estes ofendam constantemente a pátria portuguesa enquanto lhe chupam os capitais através do OGE.

 

Esta fauna militante constituída em políticos medíocres e sem coragem tem experiência nestas coisas. Tal como já fizeram com Angola, Moçambique e as restantes possessões portuguesas, abandone-se à sua sorte os Açores, a Madeira e Berlengas. No meio do oceano e, deixe-se-lhes as bananas!  


publicado por AC às 23:38

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Terça-feira, 21 de Março de 2006

Para que conste

Recebi por e-mail o texto a seguir. Foi-me reenviado, pelo que desconheço a sua autoria.

Pela sua importância, recomenda-se a leitura à bicharada em geral e, em particular aos habitantes dos galinheiros da política.

É como segue:

Na Noruega, o horário de trabalho começa cedo (às 8 horas) e acaba cedo (às 15.30). As mães e os pais noruegueses têm uma parte significativa dos seus dias para serem pais, para proporcionar aos filhos algo mais do que um serão de televisão ou videojogos. Têm um ano de licença de maternidade e nunca ouviram falar de despedimentos por gravidez.

A riqueza que produzem nos seus trabalhos garante-lhes o maior nível salarial da Europa. Que é também, desculpem-me os menos sensíveis ao argumento, o mais igualitário. Todos descontam um IRS limpo e transparente que não é depois desbaratado em rotundas e estatuária kitsh, nem em auto-estradas (só têm 200 quilómetros dessas «alavancas de progresso»), nem em Expos e Euros.

 

É tempo de os empresários portugueses constatarem que, na Noruega, a fuga ao fisco não é uma «vantagem competitiva». Ali, o cruzamento de dados «devassa» as contas bancárias, as apólices de seguros, as propriedades móveis e imóveis e as «ofertas» de património a familiares que, em Portugal, país de gentes inventivas, garantem anonimato aos crimes e «confundem» os poucos olhos que se dedicam ao combate à fraude económica. 

Mais do que os costumeiros «bons negócios», deviam os empresários portugueses pôr os olhos naquilo que a Noruega tem para nos ensinar. E, já agora, os políticos.

Numa crónica inspirada, o correspondente da TSF naquele país, afiança que os ministros não se medem pelas gravatas, nem pela alta cilindrada das suas frotas. Pelo contrário, andam de metro, e não se ofendem quando os tratam por tu. Aqui, cada ministério faz uso de dezenas de carros topo de gama, com vidros fumados para não dar lastro às ideias de transparência dos cidadãos. Os ministros portugueses fazem-se preceder de batedores motorizados, poluem o ambiente, dão maus exemplos e gastam a rodos o dinheiro que escasseia para assuntos verdadeiramente importantes.

Mais: os noruegueses sabem que não se «projecta o nome do país» com despesismos faraónicos, basta ser-se sensato e fazer da gestão das contas públicas um exercício de ética e responsabilidade. Arafat e Rabin assinaram um tratado de paz em Oslo. E, que se saiba, não foi preciso desbaratarem milhões de contos para que o nome da capital norueguesa corresse mundo por uma boa causa.

Até os clubes de futebol noruegueses, que pedem meças aos seus congéneres lusos em competições internacionais, nunca precisaram de pagar aos seus jogadores 400 salários mínimos por mês para que estes joguem à bola.

Nas gélidas terras dos vikings conheci empresários portugueses que ali montaram negócios florescentes. Um deles, isolado numa ilha acima do círculo polar Árctico, deixava elogios rasgados à «social-democracia nórdica». Ao tempo para viver e à segurança social.

"Ali, naquele país, também há patos-bravos. Mas para os vermos precisamos de apontar binóculos para o céu. Não andam de jipe e óculos escuros. Não clamam por messias nem por prebendas. Não se queixam do «excessivo peso do Estado», para depois exigirem isenções e subsídios."

É tempo de aprendermos que os bárbaros somos nós.

Seria meio caminho andado para nos civilizarmos.


publicado por AC às 10:37

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Sábado, 18 de Março de 2006

O exemplo vem de baixo

Um sector específico da sociedade civil parece querer apontar o caminho a seguir, enviando sinais ao poder político, como agora se diz, para o país sair da crise em que está mergulhado desde a época da fundação do Condado Portucalense.

Para que não subsistam quaisquer dúvidas, arregaçou as mangas e, pelo exemplo, mostra como se faz.

Assim, apenas numa noite, um anónimo grupo de cidadãos, pôs-se ao trabalho e, seguramente instruídos no plano tecnológico, apoiados em meios produtivos sofisticados (caçadeiras de canos serrados e pistolas, desenvolveram a actividade de carjaking (até o nome soa a tecnologia) e entre Gaia e Braga, em poucas horas roubaram:

  • 1 BMW 560
  • 1 SEAT IBIZA
  • 1 MERCEDES E 220
  • 1 VOLKSWAGEN BEETLE
  • 1 SMART
  • 1 PEUGEOT 306

Para os que acusam os trabalhadores de baixa produtividade, está dada a resposta.

Também se percebe o porquê do poder político insistir em baixar as penas. É necessário encorajar a livre iniciativa.


publicado por AC às 00:05

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Quarta-feira, 15 de Março de 2006

Prémios e honrarias aos vencedores

Designou o cidadão Cavaco Silva, enquanto Presidente da República, os cinco membros que lhe cabem nomear, para o Concelho de Estado.

  • João Lobo Antunes, neurocirurgião, escritor nas horas livres, ou vice-versa, e ex-mandatário nacional do senhor presidente.
  • Manuel Dias Loureiro, anónimo advogado antes de entrar na política, actualmente banqueiro, amigo pessoal do senhor e, ex-presidente do PSD.
  • Miguel Anacoreta Correia, dirigente do CDS-PP, pertenceu à comissão política da candidatura presidencial.
  • Manuela Ferreira Leite, ocupou vários cargos nos executivos de Cavaco Silva (1985-1995), tendo sido secretária de Estado do Orçamento, ministra da Educação, e das finanças, no consulado Barroso.
  • Marcelo Rebelo de Sousa, comentador de qualquer coisa, advogado, fundador e ex-presidente do PSD.  Muito se distinguiu nos seus comentários a favor da eleição do cidadão Cavaco.

Já agora,  têm assento neste conselho, o primeiro-ministro, José Sócrates, o presidente da Assembleia da República, Jaime Gama, o presidente do Tribunal Constitucional, o Provedor de Justiça e os presidentes dos governos regionais dos Açores e da Madeira, bem como os antigos Presidentes da República Jorge Sampaio, Mário Soares e Ramalho Eanes.

Fica-lhe bem. Ficámos a saber que o senhor Aníbal não esquece os amigos, logo, é boa pessoa.

Mas, o cheiro a naftalina é irrespirável e a pardice destas figuras são a afirmação inequívoca de que nada mudará na vida portuguesa. Temos assim a aconselhar o PR, figuras notáveis que emergiram para a ribalta pelas suas inefáveis competências. Uns pelos seus dotes artísticos, outros, pelo esmifranço a que submeteram a populaça.

A vantagem é que dificilmente haverá discórdias no referido Concelho. Afinal, trata-se apenas de um grupo de amigos que se reúnem de vez em quando para umas conversas da treta.


publicado por AC às 21:19

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