Tenho-me questionado, durante os percursos de 40 minutos que separam a minha casa do local de trabalho, quem é afinal o “Homem do Leme” desta república da bandalheira, que afasta do seu trajecto os factores chave de desenvolvimento e progresso como o diabo afasta a Cruz, em prol de ganhos pontuais particulares de clubes de amigos e familiares.
Sinceramente fico dividido entre a classe política, os banqueiros e os gestores de activos.
Hoje existe um Sócrates como ontem houve um Salazar, personificando os interesses de meia dúzia (de parasitas) à custa do suor e lágrimas dos outros nove milhões… mas com uma agravante, noutros tempos (os de Salazar) só havia lugar para estes dois grupos, a meia dúzia e os outros, que trabalhavam vergados pela força. Hoje, a meia dúzia mantém-se, há os que trabalham na esperança de manterem alguma dignidade, e há também os parasitas sem eira nem beira (são em tudo semelhantes à meia dúzia mas cheiram mal e não aparecem em jornais e revistas), um grupo em expansão.
O colapso dar-se-à quando os únicos que trabalham já não o puderem fazer, porque os outros sugaram tudo, até o necessário para que fosse possível trabalhar.
A ver vamos quando é, mas sinto que não está longe.
Alguém me elucida àcerca do “Homem do Leme”? Políticos ou Banqueiros?
Será que é tudo a mesma gente?
Ensaiei por diversas vezes a reactivação deste blogue, deixando em seguida cair a publicação regular do que mais me choca nesta república, por inércia ou simples desalento.
Desta é de vez!
Ficarão aqui, nem que seja apenas para memória futura ou desabafo do desespero presente, os temas que mais me preocupam desta nossa actualidade, que nos afasta da aura do progresso e incremento da qualidade de vida e nos arrasta para a precariedade de condições de sobrevivência.