Mal seria se nada tivesse a dizer àcerca do preço dos combustíveis.
Pelo facto de existir uma real dependência desta matéria-prima tornando a procura pouco elástica, nomeadamente do lado do sector produtivo, abre-se a porta à especulação a nível internacional.
Quanto a isto pouco há a fazer, uma vez que não existe uma autoridade económica internacional que possa regulamentar esta situação. A própria CE tem pouca capacidade de travar esta tendência porque a sua produção é residual. Podemos apenas, a longo prazo, diminuir a dependência deste tipo de energia, passando a utilizar fontes alternativas.
Existe depois o problema que se sucede à subida do preço internacional do crude, que são as alcavalas que se lhe acrescem na refinação, distribuição, revenda e taxação.
Na refinação e distribuição, exista claramente posição dominante de uma empresa, a Petrogal em que convém não tocar, uma vez que é porto de abrigo para os energúmenos que nos desgovernam há 30 anos, durante o ciclo eleitoral em que não estão nos Ministérios ou Secretarias de Estado, em americano, “Jobs for the boys”.
Naturalmente que onerar com um imposto um bem que é hoje essencial, só passa pela cabeça destes chulos da nação (os tais que nos desgovernam há mais de 30 anos) e insistem em fazer do nosso país uma província do norte de África em vez de um país europeu, mas isso é um problema que vem de há muito, e agora é pior para alterar porque a descida do consumo reduz a chulice, se a reduzirem ainda, ficam sem receitas que estão orçamentadas.
Em resumo, o que há a fazer é algo que já devia ser feito e não nos isola das flutuações de preço internacionais, mas reduz o custo incorporado de uma das principais matérias-primas na produção do país.
Quanto às consequências de tão acentuada subida do preço, como a contracção da procura e subida de preço dos bens, fica para a próxima…